Ver resumo
- Marina Silva defende os vetos de Lula ao PL ambiental.
- Ministra afirma que decisão protege povos tradicionais.
- Governo quer diálogo com Congresso sobre os 63 vetos.
- Vetos de Lula ao PL das licenças ambientais evitam retrocessos.
Os vetos de Lula ao PL das licenças ambientais foram defendidos pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta quarta-feira (13), durante o evento “Fé no Clima”, em Brasília. Segundo ela, as decisões do governo são equilibradas e visam proteger o meio ambiente sem travar o desenvolvimento.
“Estamos com muita disposição de dialogar com os parlamentares para mostrar que os vetos do presidente ajudam o Brasil”, afirmou Marina à Agência Brasil. Ela destacou que os vetos não prejudicam comunidades indígenas e quilombolas e mantêm a qualidade dos processos de licenciamento.
Leia Mais:
Governo afirma que vetos garantem segurança jurídica
O PL 2.159/2021, apelidado por ambientalistas de “PL da Devastação”, foi aprovado pelo Congresso com flexibilizações no processo de licenciamento ambiental. Lula vetou 63 trechos do texto, sob o argumento de que poderiam comprometer a proteção ambiental e os direitos de povos tradicionais.
Marina reforçou que os vetos foram técnicos e visam garantir segurança jurídica sem abrir mão da preservação. “Possibilitam agilizar processos sem perder a qualidade do licenciamento”, explicou.
Como o governo pretende dialogar com o Congresso?
Segundo a ministra, o Executivo está aberto a discutir os vetos com os parlamentares. A intenção é construir uma solução que concilie desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.
“A gente tem que se dispor a trabalhar. Os países vulneráveis, principalmente as pequenas ilhas, já estão pagando altas consequências”, disse Marina sobre os impactos das mudanças climáticas.
Três pontos de destaque do discurso de Marina
- Vetos evitam retrocessos em direitos de povos tradicionais.
- Licenciamento pode ser ágil sem abrir mão de critérios técnicos.
- Fé e ciência devem caminhar juntas na luta ambiental.
Fé e ciência como aliadas na preservação
Durante o evento com líderes religiosos, Marina destacou a importância do engajamento coletivo para enfrentar a crise climática. “Precisamos de um mutirão de entendimento”, disse. Para ela, espiritualidade e ciência não são opostas, mas complementares.
“A filosofia, a ciência, a poesia, a espiritualidade têm a capacidade de antecipar as coisas”, afirmou. Ela também destacou o papel de cientistas, políticos, empresários, mulheres e povos tradicionais nesse esforço coletivo.