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- Marcos do Val usará tornozeleira eletrônica após decisão do STF.
- Senador viajou aos EUA com passaporte diplomático válido.
- Polícia Federal recolheu seus documentos e aplicou nova medida.
- Marcos do Val tornozeleira eletrônica será instalada ao retornar.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) será obrigado a usar tornozeleira eletrônica ao retornar ao Brasil, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após o parlamentar desrespeitar a proibição de deixar o país.
Segundo a Polícia Federal, a decisão foi cumprida na manhã desta segunda-feira (4), com a apreensão de todos os passaportes de do Val. A tornozeleira será instalada por policiais penais do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME), órgão da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
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Alexandre de Moraes determina nova medida cautelar
Apesar da ordem judicial anterior, o senador viajou aos Estados Unidos usando seu passaporte diplomático, válido até julho de 2027. Ele alegou que o documento foi emitido pelo Ministério das Relações Exteriores e não possui restrições.
O parlamentar também afirmou que possui visto oficial para os EUA com validade até 2035. Não há, por ora, pedido de prisão ou apreensão de celular, segundo fontes ligadas ao caso.
Por que a tornozeleira foi determinada?
Em agosto de 2024, Marcos do Val teve o passaporte comum apreendido e suas redes sociais bloqueadas no Brasil. Ele é investigado por divulgar conteúdo contra policiais federais envolvidos em apuração sobre uma suposta tentativa de golpe.
Em março de 2025, Moraes rejeitou recurso do senador contra a apreensão do passaporte. A nova medida visa garantir o cumprimento das restrições judiciais impostas durante o andamento da investigação.
Senador diz ter informado autoridades sobre viagem
Em vídeo gravado nos EUA, do Val negou ter descumprido a decisão judicial. “Não estou aqui fugindo, estou curtindo e dando atenção à minha filha no parque Universal Orlando”, disse.
“Alexandre de Moraes recebeu com 15 dias de antecedência informações de onde eu estaria, qual era o meu voo, o hotel que eu estou e até os ingressos que eu comprei.”
O senador afirmou ter comunicado a viagem ao STF, à Polícia Federal e ao Senado.
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