Manifestações contra a PEC da Blindagem expõe desgaste do Congresso com população

Manobras da Câmara unem Centrão e bolsonaristas e geram reação
Manifestações contra a PEC da Blindagem expõe desgaste do Congresso com população

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  • Manifestações em capitais protestam contra PEC da Blindagem.
  • Hugo Motta articulou votações com apoio do Centrão e bolsonaristas.
  • Reação negativa inviabiliza avanço da PEC no Senado.
  • Aliados de Bolsonaro admitem que vincular temas foi um erro.

As manifestações do último domingo (21), realizadas em todas as capitais do país, foram uma resposta direta à aprovação da PEC da Blindagem e à urgência do projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação popular expôs a Câmara dos Deputados e gerou desgaste político entre os aliados do governo e da oposição.

As votações foram articuladas por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, em acordo com o Centrão e parlamentares bolsonaristas. O objetivo era blindar deputados de investigações — especialmente aquelas relacionadas a emendas — e avançar com a anistia a Bolsonaro. Segundo apurações, mais de 80 parlamentares estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com ampla repercussão negativa, os atos demonstraram o descontentamento popular com o que foi visto como uma tentativa de autoproteção política. A combinação das pautas foi criticada até mesmo por aliados do ex-presidente. Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, classificou a manobra como “marketing às avessas”.

“É imprescindível que a Direita levante um muro imediatamente, recolocando a anistia num patamar alto e independente”, disse Wajngarten.

Nos bastidores, senadores que antes se mostravam indecisos agora indicam que votarão contra a PEC da Blindagem. A pressão popular e o desgaste político tornaram inviável sua aprovação no Senado neste momento.

Aliados admitem erro estratégico

Fontes próximas ao núcleo bolsonarista reconheceram que atrelar a tramitação da anistia à PEC da Blindagem foi um erro. A estratégia elevou o risco de rejeição de ambas as propostas e fortaleceu a narrativa de que a direita estaria patrocinando medidas impopulares em benefício próprio.

Com isso, a tramitação da anistia também foi enfraquecida, ainda que não esteja totalmente descartada. A expectativa é que novas articulações sejam feitas para tentar desvincular os temas e retomar o debate em outro formato.

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