Na tarde desta quarta-feira (7), Brasília foi palco da “Caminhada pela Anistia Humanitária”, organizada pelo pastor Silas Malafaia. O ato reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares da base conservadora.
O objetivo foi pressionar o Congresso Nacional a analisar o projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Leia Mais:
Manifestação reúne lideranças políticas e religiosas
A concentração ocorreu às 16h na Torre de TV. De lá, os manifestantes seguiram até o Congresso Nacional.
Entre os presentes estavam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
O ex-presidente Jair Bolsonaro também participou, mesmo após passar por cirurgia intestinal. Sua presença contrariou recomendações médicas.
Parlamentares do PL e aliados discursam
Deputados como Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Eros Biondini (PL-MG) e Sargento Fahur (PSD-PR) fizeram discursos no ato.
Senadores como Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) também marcaram presença.
Todos defenderam a anistia como forma de “reparação humanitária” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Silas Malafaia fala em “caminhada pacífica”
Silas Malafaia afirmou que o evento não era um protesto, mas uma “caminhada pacífica pela anistia humanitária”.
Ele reforçou que o movimento não incentivava atos antidemocráticos ou violência.
Casos simbólicos reforçam narrativa do grupo
Durante a manifestação, foi lembrado o caso de Débora dos Santos, condenada a 14 anos por pichar com batom a estátua “A Justiça”.
Também foi citado Cleriston Pereira da Cunha, que morreu no presídio da Papuda após ser preso pelos atos.
Contexto político e impacto no Amazonas
No Amazonas, a repercussão do evento ecoa entre lideranças conservadoras e bolsonaristas locais.
Deputados estaduais e federais da região já se manifestaram em redes sociais em apoio à pauta da anistia.
Segundo dados do TSE, Bolsonaro obteve mais de 1,1 milhão de votos no Amazonas em 2022, evidenciando sua base no estado.
O tema da anistia também influencia o debate sobre segurança pública e sistema penitenciário, temas sensíveis na região amazônica.
O projeto de anistia ainda não tem data para ser votado no Congresso Nacional.
Enquanto isso, movimentos como o de Brasília buscam manter o tema em evidência na agenda política nacional.