Licenciamento ambiental sob ameaça: alerta de Marina Silva

Licenciamento ambiental sob ameaça: alerta de Marina Silva, que denuncia retrocessos nas leis e riscos à preservação ambiental no Brasil.

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o novo marco do licenciamento ambiental representa um “golpe de morte” à legislação atual. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (22), durante evento no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em parceria com o BNDES.

Marina reagiu à aprovação do PL 2.159/2021, que flexibiliza regras do licenciamento ambiental. O projeto foi aprovado pelo Senado na quarta-feira (21) e segue para sanção presidencial.

Licenciamento ambiental em risco

Segundo Marina, o Brasil não pode retroceder em conquistas ambientais. “Estamos de luto. Não há como proteger a biodiversidade sem licenciamento”, afirmou.

Ela alertou que a mudança pode prejudicar até setores econômicos que apoiam a medida. “Pode ser um tiro no pé”, disse.

Impacto no Amazonas e na Amazônia Legal

Estados como o Amazonas podem ser diretamente afetados. A região concentra mais de 60% da floresta amazônica, segundo o IBGE.

Com regras mais flexíveis, projetos de infraestrutura e mineração podem avançar sem avaliação ambiental adequada. Isso ameaça comunidades tradicionais e áreas de conservação.

Mobilização política e social

Marina convocou a sociedade a pressionar o Congresso. “A sustentabilidade política é essencial para manter o licenciamento”, afirmou.

Ela destacou que o governo Lula tem atuado em várias frentes para conter o desmatamento. “Precisamos cuidar da ambiência interna e externa”, disse.

Fundo Clima e financiamento verde

Durante o evento, o Ministério do Meio Ambiente assinou acordo com o BNDES para repassar R$ 11,2 bilhões do Fundo Clima. Os recursos financiarão projetos sustentáveis.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, defendeu que o Brasil lidere a agenda ambiental global. “A COP30 precisa marcar uma virada”, afirmou.

Retrocesso ambiental e contexto internacional

Mercadante alertou para o avanço do negacionismo climático. “O aquecimento global é mais rápido do que o previsto”, disse.

Ele criticou a saída de países como os EUA de acordos ambientais. “A marcha da insensatez ameaça os biomas estratégicos”, concluiu.

Estavam presentes também a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

Reação do governo e próximos passos

Marina reconheceu dificuldades para aprovar pautas ambientais no Congresso. “Temos que continuar deslanchando para evitar retrocessos”, afirmou.

Ela citou o apoio dos ministérios da Fazenda e do Planejamento como essenciais para manter avanços na área ambiental.

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