A Justiça do Distrito Federal decidiu manter preso Flávio Pacheco da Silva, acusado de lançar um artefato explosivo em frente ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em Brasília. O incidente ocorreu na última quinta-feira (22), e provocou a evacuação do prédio.
A decisão foi tomada após audiência do Núcleo de Audiências de Custódia (NAC) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Mesmo com pedidos de liberdade provisória pela defesa e pelo Ministério Público, o juiz converteu a prisão em flagrante para preventiva.
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Justiça justifica prisão por risco à ordem pública
Segundo o magistrado, a prisão é necessária para garantir a ordem pública e evitar nova conduta criminosa. O juiz destacou a gravidade dos fatos e o risco de reiteração.
De acordo com o processo, Flávio tentou entrar no prédio e, ao ser impedido, ameaçou um vigilante dizendo que lançaria uma bomba. Em seguida, jogou um artefato no gramado. Servidores relataram ter ouvido uma explosão.
Evacuação e atuação do Bope
Após o incidente, a Polícia Militar evacuou o ministério. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado e negociou a rendição do acusado, que estava com uma mulher e duas crianças.
Flávio foi detido e levado à delegacia. O artefato será analisado pela perícia. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a potência do explosivo.
Repercussão nacional e impacto no Amazonas
O caso repercute em todo o Brasil, especialmente em estados como o Amazonas, onde a segurança institucional é tema recorrente. Em 2023, o estado registrou aumento de 12% em ameaças a prédios públicos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
Autoridades locais reforçam a importância de medidas preventivas. A bancada amazonense no Congresso já propôs projetos para ampliar a vigilância em órgãos federais.
Segurança institucional em debate
O episódio reacende o debate sobre segurança em prédios públicos e a atuação de órgãos federais. O MDS, responsável por políticas sociais como o Bolsa Família, tem papel central na gestão de recursos federais.
O governo federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil do Distrito Federal.
Próximos passos judiciais
Com a prisão preventiva decretada, Flávio Pacheco deve permanecer detido por tempo indeterminado. A defesa pode recorrer da decisão. O processo segue em sigilo parcial.
O TJDFT informou que novas audiências serão marcadas nos próximos dias. O caso também pode ser analisado por instâncias superiores, caso haja recurso.