Ver resumo
- Deputada Júlia Zanatta levou bebê a protesto na Câmara.
- Ela admitiu publicamente ter usado a filha como escudo.
- O ato gerou denúncia por violar direitos da criança.
- Júlia Zanatta usa bebê como escudo reacende debate ético.
A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) admitiu ter usado sua filha de quatro meses como escudo durante a ocupação da mesa diretora da Câmara dos Deputados, em 6 de agosto. A ação ocorreu durante um protesto liderado por parlamentares bolsonaristas contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
O episódio gerou forte repercussão nas redes sociais e levou à apresentação de uma denúncia contra a deputada por violação dos direitos da criança. Em resposta às críticas, Zanatta publicou nas redes: “Usando SIM uma criança como escudo. Vão se tratar, canalhas!”.
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Deputada confirma uso da filha em protesto
Durante a manifestação, Zanatta apareceu com a bebê no colo enquanto ocupava a mesa da presidência da Câmara. A cena foi registrada em vídeos que circularam amplamente nas redes sociais e em veículos de imprensa. A atitude foi interpretada como tentativa de dificultar ações de segurança e gerar comoção pública.
O uso da criança em um ambiente de tensão política e risco físico foi criticado por parlamentares e entidades de proteção à infância. A Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância repudiou o ato, classificando-o como “instrumentalização indevida de uma criança para fins políticos”.
Como a denúncia foi encaminhada?
A denúncia contra Júlia Zanatta foi protocolada no Conselho de Ética da Câmara por parlamentares da oposição. Eles alegam quebra de decoro e violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo os denunciantes, a deputada expôs a filha a um ambiente instável, colocando em risco sua integridade física e emocional. O ECA prevê a proteção integral da criança, inclusive contra exposição indevida em contextos de violência ou conflito.
Três pontos de tensão no caso Zanatta
- Exposição da criança: uso de menor de idade em protesto político.
- Admissão pública: parlamentar confirmou o ato em rede social.
- Reação institucional: denúncia no Conselho de Ética e críticas de entidades.
Qual o próximo passo da Câmara?
O Conselho de Ética deve analisar a admissibilidade da denúncia nas próximas semanas. Se aceita, será instaurado processo disciplinar que pode resultar em advertência, suspensão ou até cassação do mandato.
Enquanto isso, a deputada segue defendendo sua conduta e reforçando o discurso contra o Supremo Tribunal Federal. O caso reacende o debate sobre os limites da atuação parlamentar e a responsabilidade no uso da imagem de crianças.