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- Jair Bolsonaro reuniu apoiadores neste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, em ato político por “justiça já”.
- Governadores como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema participaram, reforçando apoio ao ex-presidente e críticas ao STF.
- O evento fortalece Bolsonaro como figura política e pressiona por anistia em meio ao julgamento sobre tentativa de golpe.
Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (29), em um ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento ocorre em meio ao avanço do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
A manifestação foi organizada pelo pastor Silas Malafaia e conta com a presença de aliados políticos e lideranças do Partido Liberal (PL). O ato é visto como uma resposta política ao processo judicial que envolve o ex-presidente.
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Bolsonaro convoca ato por “justiça já”
O evento ocorre em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A convocação foi feita sob o lema “justiça já”, sem detalhar pautas específicas. Nos bastidores, aliados pressionam por anistia ou indulto ao ex-presidente.
Em transmissão ao vivo no sábado (28), Bolsonaro reforçou o convite à militância. Ele cancelou compromissos políticos em Goiás na semana anterior por questões de saúde, mas confirmou presença no ato.
Governadores e parlamentares marcam presença
Quatro governadores confirmaram participação: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC). Tarcísio e Zema são cotados para a eleição presidencial de 2026.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também participa. Ele afirmou que o apoio do pai em 2026 pode depender de um eventual indulto. Em entrevista, defendeu até “uso da força” contra o STF, caso necessário.
Amazonas e o impacto político nacional
No Amazonas, aliados locais de Bolsonaro acompanham o ato à distância. O estado registrou 1.042 votos por seção para Bolsonaro no segundo turno de 2022, segundo o TSE.
Lideranças da direita amazonense avaliam que o ato pode fortalecer a base conservadora. O ex-presidente mantém influência entre eleitores evangélicos e ruralistas, segmentos relevantes no interior do estado.
Discursos devem focar em Bolsonaro
Além de Bolsonaro, devem discursar Michelle Bolsonaro, Malafaia, Flávio, Tarcísio e parlamentares como Nikolas Ferreira (MG) e Caroline De Toni (SC). A organização espera evitar pautas golpistas, ao contrário do ato de 6 de abril.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também participa. A legenda busca unificar o discurso em torno da figura de Bolsonaro e da crítica ao STF.
Contexto jurídico e político
O STF julga envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro. Bolsonaro ainda não é réu, mas é investigado por suposta participação na trama. O ato deste domingo ocorre em meio a esse cenário jurídico delicado.
Para o Amazonas e o Brasil, o evento sinaliza a permanência de Bolsonaro como ator político relevante. A manifestação pode influenciar o debate sobre anistia e a relação entre os Poderes.