Ver resumo
- Investigação contra presidente da CBF é suspensa por decisão liminar.
- Desembargador afirma que não há provas suficientes contra Samir Xaud.
- Áudio com citação de Xaud motivou buscas da Polícia Federal.
- Ministério Público também não viu indícios concretos de envolvimento.
O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) determinou, nesta quinta-feira (31), a suspensão da investigação contra o presidente da CBF, Samir Xaud. A decisão liminar foi tomada pelo desembargador Jésus Nascimento, relator do habeas corpus apresentado pela defesa.
Segundo o magistrado, os elementos apresentados até o momento não justificam a inclusão de Xaud como alvo da apuração. O presidente da CBF havia sido citado em áudio obtido pela Polícia Federal durante investigação sobre suposto esquema eleitoral no Estado.
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Desembargador vê prejuízo à imagem de Samir Xaud
Para o relator, a simples menção ao nome de Xaud não configura indício concreto de envolvimento em ilícitos. Ele destacou que a manutenção da investigação poderia expor o dirigente a danos reputacionais irreparáveis.
“A citação não está acompanhada de vínculo direto com os fatos investigados”, escreveu Nascimento. A decisão suspende a apuração até o julgamento definitivo do habeas corpus.
Como surgiu a suspeita contra o presidente da CBF?
A inclusão de Xaud na investigação foi motivada por um áudio em que o candidato a vereador Renildo Lima menciona seu nome em conversa com a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR). Ele afirma que Xaud teria influência para conseguir votos no Estado.
“O Samir teve 5.000 votos, então, o pedido dele, pelo menos 500 ele consegue”, diz o trecho. A Polícia Federal entendeu que a frase sugere uso de função pública para captação ilícita de sufrágio.
Três pontos da decisão judicial
- Falta de provas individualizadas contra Xaud
- Risco de dano à imagem sem base probatória
- Ministério Público também não viu elementos concretos
O juiz Ângelo Augusto Mendes, da 5ª Zona Eleitoral, havia autorizado buscas em endereços ligados a Xaud e na sede da CBF, no Rio de Janeiro. A operação foi realizada na quarta-feira (30).
Em nota, Xaud afirmou: “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida”.
Leia a nota da CBF na íntegra
“Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro.”
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