Incentivos financeiros ao setor de combustíveis fósseis são criticados por Lula no Brics

Presidente defende energias limpas, critica subsídios ao petróleo e propõe fundos climáticos para países vulneráveis.

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  • O presidente Lula criticou os incentivos financeiros ao setor de combustíveis fósseis na cúpula do Brics, no Rio, em defesa do clima.
  • Ele citou US$ 869 bilhões investidos por grandes bancos em petróleo e gás em 2023, contrariando metas ambientais.
  • Brasil propôs financiamento climático e fundo para preservar a Amazônia, destacando os riscos dos subsídios ao setor de petróleo e gás.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os incentivos financeiros ao setor de combustíveis fósseis durante a cúpula do Brics, no Rio de Janeiro. Em discurso, Lula alertou para o alto volume de investimentos em petróleo e gás, mesmo diante da crise climática global.

Segundo o presidente, os 65 maiores bancos do mundo destinaram US$ 869 bilhões ao setor em 2023. Ele destacou que 80% das emissões de carbono vêm de menos de 60 empresas, majoritariamente das áreas de petróleo, gás e cimento.

Incentivos ao petróleo desafiam metas climáticas

Lula afirmou que os incentivos de mercado à indústria fóssil vão na contramão da sustentabilidade. O presidente defendeu a ampliação das fontes limpas de energia e a melhoria da eficiência energética global.

“É preciso triplicar energias renováveis e dobrar a eficiência energética”, disse. Ele alertou que o aquecimento global avança mais rápido do que o previsto por cientistas.

Brasil propõe alternativas de financiamento climático

Durante o encontro, o governo brasileiro apresentou a Declaração-Quadro sobre Finanças Climáticas do Brics. O documento propõe modelos alternativos de financiamento para ações de mitigação e adaptação.

Lula também mencionou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado na COP30, em Belém. O fundo visa remunerar países que preservam ecossistemas tropicais, como a Amazônia.

Impactos para o Amazonas e países em desenvolvimento

O presidente destacou que países em desenvolvimento, como o Brasil, são os mais vulneráveis às mudanças climáticas. “São também os que menos têm recursos para adaptação”, afirmou.

O Amazonas, com 96% de cobertura florestal, pode se beneficiar de mecanismos de financiamento climático. Projetos de bioeconomia e conservação podem receber apoio internacional, gerando renda e preservação.

Transição energética exige apoio global

Lula reforçou que, mesmo após o Acordo de Paris, ainda faltam recursos para uma “transição justa e planejada”.

O Brasil busca protagonismo nas negociações climáticas e propõe liderar uma agenda de desenvolvimento sustentável, com foco na Amazônia e em fontes renováveis.

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