O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) protocolou nesta quarta-feira (6) um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A solicitação foi enviada à presidência da Câmara dos Deputados e se baseia em suposto crime de responsabilidade.
Segundo o parlamentar, Lula teria se omitido diante de um esquema de fraudes no INSS que, conforme a Polícia Federal, movimentou cerca de R$6,3 bilhões. O caso envolve servidores públicos, sindicatos e associações.
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Fraude no INSS e ligação com irmão de Lula
Evair de Melo destaca o envolvimento do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi) no esquema. A entidade tem como dirigente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula.
“A omissão de Lula diante de um esquema liderado por seu irmão é criminosa”, afirmou o deputado. Ele argumenta que o presidente teria violado princípios da administração pública, como moralidade e impessoalidade.
Pedido de impeachment e trâmites legais
O documento solicita o afastamento imediato de Lula, seu julgamento pelo Senado Federal e a suspensão de seus direitos políticos por oito anos. O pedido será analisado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Segundo a Constituição Federal, o processo de impeachment exige aprovação por dois terços da Câmara para seguir ao Senado. O trâmite pode ser acompanhado pelo site da Câmara dos Deputados.
Impacto político e repercussão no Amazonas
No Amazonas, o caso repercute entre parlamentares da oposição. Deputados federais da bancada amazonense cobram apuração rigorosa e transparência nas investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Dados do INSS mostram que o Amazonas tem mais de 500 mil beneficiários. A suspeita de fraudes em larga escala preocupa autoridades locais pela possível perda de recursos e confiança institucional.
Operação da Polícia Federal e próximos passos
A operação da PF revelou a atuação de servidores e dirigentes sindicais em concessões irregulares de benefícios. A investigação segue em curso e pode gerar novas denúncias ao Ministério Público Federal.
O presidente Lula ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido. A defesa do presidente nega qualquer envolvimento direto ou indireto com os fatos investigados.
Mais informações sobre a operação estão disponíveis no site oficial da Polícia Federal.