IBGE divulga novo mapa e enfrenta críticas por viés político

Especialistas e opositores questionam critérios técnicos e apontam influência ideológica na redefinição territorial.

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A divulgação de um novo mapa-múndi com o Brasil centralizado, feita por Márcio Pochmann, presidente do IBGE, provocou críticas internas. A imagem mostra o Hemisfério Sul na parte superior e o Brasil no centro.

A proposta foi publicada nas redes sociais de Pochmann em 7 de fevereiro. Segundo ele, o objetivo é destacar a liderança brasileira em fóruns como Brics, Mercosul e a COP 30, que ocorrerá em Belém (PA).

IBGE é criticado por servidores

Servidores do IBGE repudiaram a iniciativa em manifesto público. A Coordenação do Núcleo Sindical Chile classificou o mapa como uma “distorção da realidade”.

Para os trabalhadores, a imagem compromete a credibilidade técnica do órgão. O texto afirma que o IBGE construiu sua reputação com base em dados confiáveis e imparciais.

Mapa simbólico não segue padrões internacionais

O novo mapa não segue convenções cartográficas reconhecidas globalmente. A crítica central é que a representação tem valor simbólico, mas carece de base técnica.

Segundo o sindicato, o Brasil enfrenta desafios reais, como desigualdade e baixa qualidade educacional. Tais problemas não se resolvem com “ilusões gráficas”.

Repercussão no Amazonas e implicações políticas

No Amazonas, a reação foi de cautela. Técnicos do IBGE em Manaus destacaram a importância de manter padrões científicos. A credibilidade do órgão é essencial para políticas públicas na região.

O estado depende de dados do IBGE para ações em áreas como saúde, educação e meio ambiente. A página do IBGE sobre o Amazonas é referência para gestores locais.

Contexto político nacional

A nomeação de Pochmann foi feita pelo presidente Lula em 2023. A escolha gerou debate por seu perfil mais político que técnico.

Críticos apontam que o novo mapa reforça essa percepção. A oposição vê na ação uma tentativa de usar o IBGE para promover narrativas ideológicas.

IBGE e a confiança pública

O IBGE é responsável por dados essenciais, como o Censo e o PIB. Mudanças em sua comunicação afetam a confiança da sociedade nas estatísticas oficiais.

Especialistas defendem que qualquer inovação deve seguir critérios técnicos. A neutralidade do órgão é vital para a formulação de políticas públicas eficazes.

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