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- Gilmar Mendes negou desconforto no STF sobre prisão domiciliar de Bolsonaro.
- Ministro afirmou apoio total a Alexandre de Moraes e sua decisão.
- Defesa de Bolsonaro prepara recurso contra a medida imposta pelo STF.
- Prisões e sanções internacionais aumentam tensão política no Brasil.
Gilmar Mendes, ministro decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (6) que não há desconforto entre os ministros da Corte com a prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada por Alexandre de Moraes.
Segundo Mendes, a decisão tem respaldo interno e reflete a gravidade das acusações contra o ex-presidente. “O Alexandre de Moraes tem toda a nossa confiança e o nosso apoio”, disse o ministro.
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Questionado sobre rumores de insatisfação no STF, Mendes foi direto: “Não tem isolamento algum”. Ele elogiou a atuação de Moraes, afirmando que, sem ela, “o Brasil teria se tornado um pântano institucional”.
As declarações foram dadas após evento do Instituto Esfera Brasil, em Brasília. O ministro destacou que as acusações contra Bolsonaro incluem supostos planos de sequestro e assassinato de autoridades, como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
Por que Bolsonaro está em prisão domiciliar?
A medida foi imposta por Moraes na segunda-feira (4), após descumprimento de ordens judiciais. Segundo o ministro, Bolsonaro violou medidas cautelares ao continuar usando redes sociais, direta ou indiretamente.
“A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola”, escreveu Moraes na decisão. A ordem inclui proibição de uso de celulares e restrição de visitas, com exceção de advogados. Nesta quarta, Moraes liberou a visita de familiares.
Defesa contesta decisão do STF
Os advogados de Bolsonaro alegam surpresa com a prisão e preparam recurso à Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. Eles negam que o ex-presidente tenha violado as medidas impostas anteriormente.
Em meio à repercussão internacional, os Estados Unidos anunciaram sanções contra Moraes e outros ministros do STF. Já o ex-presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, citando suposta perseguição a Bolsonaro.
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