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- Forças federais desmontaram estruturas de mineração ilegal em junho na Terra Yanomami, em Roraima, para conter crimes ambientais.
- Foram destruídas 2 aeronaves, 67 barracos e apreendidos mercúrio, armas e antenas de internet via satélite.
- O garimpo ilegal ameaça a saúde indígena, contamina rios e está ligado ao crime organizado na Amazônia.
Uma operação contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, destruiu estruturas usadas por grupos criminosos. A ação ocorreu em junho e integra o esforço federal para combater crimes ambientais na Amazônia.
Segundo a Casa de Governo de Roraima, o balanço divulgado em 3 de julho mostra a destruição de aeronaves, acampamentos e equipamentos usados no garimpo ilegal.
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Garimpo ilegal em Roraima: estrutura criminosa desmontada
Foram destruídas duas aeronaves e duas pistas de pouso clandestinas. Também foram inutilizados 14 acampamentos, 67 barracos e 12 cozinhas usadas pelos garimpeiros.
As equipes retiraram seis geradores, rádios comunicadores, baterias, motores, mangueiras e uma embarcação. A ação visa enfraquecer a logística do garimpo ilegal na região.
Equipamentos de alto custo e impacto ambiental
Entre os materiais apreendidos estão nove placas solares, 600 gramas de mercúrio e antenas de internet via satélite. Também foi encontrada uma arma de fogo e 118 munições de calibres .40, .20 e .16.
O mercúrio, altamente tóxico, é usado na separação do ouro e contamina rios e comunidades indígenas. O uso de internet via satélite mostra a sofisticação das quadrilhas.
Contexto político e ações federais na Amazônia
O combate ao garimpo ilegal na Amazônia é prioridade do governo federal. A Terra Yanomami foi alvo de operações conjuntas desde 2023, após denúncias de crise humanitária.
Segundo o Ibama, mais de 300 áreas de garimpo foram interditadas desde o início das ações. A Força Nacional e o Exército apoiam as operações em Roraima.
Impacto regional e nacional do garimpo ilegal
O garimpo ilegal afeta o meio ambiente, a saúde indígena e a segurança pública. Em Roraima, a atividade está ligada ao crime organizado e ao tráfico de armas.
Relatórios do Cimi e do ISA apontam aumento da violência em terras indígenas. O governo busca retomar o controle territorial e garantir os direitos dos povos originários.