Fernando Haddad reage a ataques dos deputados Jordy e Nikolas

Ministro rebate críticas de opositores durante audiência na Câmara, provocando tumulto e encerramento antecipado da sessão.

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  • Fernando Haddad criticou deputados por ataques durante audiência na Câmara em 11/10, encerrada após tumulto político.
  • Deputados do PL acusaram o governo de criar 25 impostos desde 2023 e criticaram aumento do IOF.
  • O ministro da Fazenda afirmou que distorções atrapalham o debate e defendeu medidas para compensar isenção do IR.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como “molecagem” a postura dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG) durante audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 11. A reunião foi encerrada após troca de acusações entre parlamentares da oposição e da base do governo.

Haddad participava de audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Finanças e Tributação. O objetivo era discutir a nova faixa de isenção do Imposto de Renda e o empréstimo consignado com FGTS.

Críticas à condução da economia

Deputados do PL acusaram o governo de criar “ao menos 25 novos impostos desde 2023”. Segundo eles, isso equivale a “um imposto a cada 37 dias”. Jordy chamou o recente aumento do IOF de “grande lambança”.

Os parlamentares também criticaram os gastos com viagens da primeira-dama Janja e citaram “luxos de Lula”. Haddad rebateu, dizendo que a oposição distorce dados econômicos e interrompe o debate sem ouvir as respostas.

Reação do ministro e encerramento da sessão

“A pessoa vomita números errados e sai da sala”, disse Haddad. Segundo ele, a oposição tenta impedir a tramitação de medidas que substituem o aumento do IOF. A nova medida provisória deve chegar ao Congresso ainda nesta semana.

O presidente da comissão, Rogério Correia (PT-MG), encerrou a sessão após os ânimos se exaltarem. A base do governo tentou blindar o ministro, com deputados aliados ocupando a maior parte do tempo de fala.

Contexto político e impacto no Amazonas

O embate reflete o clima de polarização política no Congresso. Estados como o Amazonas, que dependem de incentivos fiscais e políticas de arrecadação diferenciadas, acompanham com atenção essas discussões.

A Zona Franca de Manaus, por exemplo, pode ser impactada por alterações no IOF e outras medidas tributárias. Segundo dados da Suframa, a região movimentou R$ 167 bilhões em 2023.

Precedente com Marina Silva

Haddad também citou o caso da ministra Marina Silva (Meio Ambiente). Ela deixou uma audiência após o senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmar que ela “não merecia respeito”.

“Qual ministro vai se sentir à vontade para prestar esclarecimentos?”, questionou Haddad. O episódio reforça o desafio do Executivo em manter diálogo institucional com o Legislativo.

Tramitação e próximos passos

A equipe econômica busca aprovar medidas para compensar a perda de arrecadação com a nova faixa de isenção do IR. A proposta eleva a isenção para até R$ 5.000, como prometido na campanha presidencial.

O governo espera apoio da base no Congresso, mas enfrenta resistência da oposição. A tramitação da medida será um teste para a articulação política da Fazenda.

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