Estudo dos rios no Amazonas ajuda a evitar desastres com a enchente, principalmente em municípios do interior.
O monitoramento realizado pelo
Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), da Defesa Civil do Estado, envia as informações para as prefeituras com indicativo de ações que podem ser realizadas pelas Defesas Civis locais.
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Monitoramento
O Cemoa utiliza as cotas de referência elaboradas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) como referência para elaborar avisos diários sobre o nível dos rios no estado.
O monitoramento avisa as coordenadorias municipais de modo gradual quanto à possibilidade do evento adverso se configurar.
Dessa forma, é possível que as entidades locais organizem suas medidas de preparação e resposta.
Segundo o Cemoa, 15 localidades estão em situação de atenção e 31 em situação de alerta, conforme dados registrados até a quinta-feira (07).
Seis municípios estão sob decreto de situação de emergência.
Em Manaus, a cota máxima prevista para o rio Negro em 2022, segundo o CPRM, é de 29,40m, menor do que o registrado em 2021, ano da maior enchente no Amazonas, quando a cota atingiu 30,02m.
O valor é estimado com 80% de confiança.
Os dados têm como objetivo facilitar o acesso a informações básicas voltadas especialmente à prevenção de desastres.
Os seis municípios que decretaram Situação de Emergência são:
• Calha do Juruá – Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati e Eirunepé
• Calha do Purus – Boca do Acre
Em situação de Atenção são 15 localidades:
• Calha do Purus – Tapauá e Beruri
• Calha do Madeira – Humaitá, Manicoré e Novo Aripuanã
• Calha do Alto Solimões – Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antonio do Içá e Tonantins
• Médio Solimões – Jutaí e Fonte Boa
• Calha do Negro – Santa Isabel do Rio Negro
Outros 31 municípios estão em Situação de Alerta:
• Calha do Juruá – Carauari e Juruá
• Calha do Purus – Pauini, Lábrea e Canutama
• Calha do Madeira – Borba e Nova Olinda do Norte
• Baixo Solimões – Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba, Manaquiri, Careiro Castanho e Careiro da Várzea
• Médio Amazonas – Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves, Autazes, Urucurituba e Itapiranga
• Baixo Amazonas – Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Parintins e Maués
• Calha do Negro – Manaus
O monitoramento aponta ainda que 10 municípios estão dentro da situação de normalidade.
Indicadores de situação
A Situação de Atenção indica possibilidade moderada de ocorrência de inundação, quando a cota do rio se encontra acima da média do seu nível.
É o período ideal para que o poder público municipal possa coordenar órgãos de apoio para atender as populações que se encontram vulneráveis.
A Situação de Alerta aponta possibilidade elevada de ocorrência de inundação.
Requer ações por parte das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil para atender de forma otimizada as populações que se encontram vulneráveis.
A Situação de Emergência corresponde à cota em que o primeiro dano é observado no município.
A localidade, com ação de resposta já em execução, alcançou sua capacidade máxima de responder ao desastre, seja com recursos financeiros ou humanos, poderá solicitar ações complementares do Estado ou da União para resposta ao evento adverso.