A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) desarticulou um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas em Manaus. O prejuízo causado pelo grupo está estimado em R$ 100 milhões.
A Operação Blockchain Fake, deflagrada neste sábado (27), cumpriu mandados de busca e apreensão e desarticulou uma organização criminosa que atua com esquemas financeiros envolvendo criptomoedas de Bitcoin.
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Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em diferentes zonas de Manaus. As equipes apreenderam diversos objetos da organização criminosa.
As investigações iniciaram há cerca de cinco meses. Os policiais descobriram que o grupo lavava dinheiro com lojas de veículos importados e simulavam as compras dos carros de luxo.
“Percebemos que eles utilizavam essa manobra, mas nenhum desses automóveis eram colocados no nome deles. Foi uma investigação complexa, pois trata-se de uma matéria nova, em que eles se passavam por investidores de criptomoedas, inclusive utilizando uma rede segura com criptografia para transitar os dados. Os criminosos pegavam o dinheiro das vítimas com a promessa de que o valor cresceria cerca de 10% ao mês, porém, as deixavam no prejuízo”, detalhou o delegado Denis Pinho, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD).
Na sexta-feira (26), a operação também foi deflagrada em Brasília e São Paulo. Os policiais apreenderam dois veículos de luxo, sendo uma Ferrari Spider e uma McLaren, avaliadas em R$ 5 milhões.
Apreensão em Manaus
A operação apreendeu em Manaus cinco veículos de luxo, avaliados em R$ 6 milhões. Também foram apreendidos notebooks, pendrives, computadores, documentos diversos, caderneta de anotações e dinheiro em dólar e euro. As investigações em torno do caso devem continuar.