Escolha escandalosa de Josué Neto para o lugar do pai dele no TCE repercute nacionalmente

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A escandalosa escolha do ainda presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), deputado estadual Josué Neto, para o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que será aberta em abril de 2021 com a aposentadoria do pai do próprio parlamentar, Josué Filho, está repercutindo no meio político nacional. O jornalista Cláudio Humberto, da Coluna Diário do Poder, reproduzida em 44 jornais do País, chamou a trama de uma ‘’falta de escrúpulos que atingiu níveis inacreditáveis no Amazonas’’.

O jornalista, dos mais importantes analistas políticos, relata a manobra de Josué Neto, executada na penúltima sessão da ALE-AM deste ano antes do recesso parlamentar, em um dos últimos atos de Josué Neto como presidente da Casa legislativa: ‘’O presidente da Assembleia… convocou reunião de urgência e se fez escolher sucessor da vaga vitalícia, na mais desavergonhada operação oportunista “de pai para filho” de que se tem notícia na política brasileira’’.

E Cláudio Humberto prossegue na coluna Diário do Poder desta quinta-feira (17/12). ‘’O relator da armação da “capitania hereditária” foi o deputado Roberto Cidade, que o novo conselheiro Josué Neto elegeu presidente da Aleam’’. Vale lembrar que a eleição de Cidade só foi possível graças a uma mudança na Constituição do Amazonas, que antecipou a eleição para o início deste mês de dezembro (3/12). Na ocasião, a Proposta de Emenda à Constituição foi alterada em alguns minutos, em reunião da Comissão de Constituição e Justiça que convocou apenas três dos cinco integrantes.

A escolha de Josué Neto para o TCE não atendeu a requisitos básicos, como divulgação de que a Assembleia anteciparia a escolha do futuro nome para o Tribunal de Contas. E por conta do nepotismo, onde sai pai e entra filho em um dos mais importantes cargos públicos do Amazonas, pode ser questionada pela própria corte de contas ou pelo Ministério Público (MPE), conforme entendimento do presidente do Instituto Amazônico da Cidadania (IAC), Hamilton Leão. Foi o que ele declarou ao site Amazonas 1. Hamilton vai propor ações para barrar a indicação, operada no melhor estilo alfaiate.

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