Empréstimo de R$ 2,5 bi de David Almeida gera críticas

A oposição questiona a necessidade e o impacto da nova dívida para Manaus.

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A Câmara Municipal de Manaus aprovou, nesta terça-feira (25), o pedido de empréstimo de R$ 2,5 bilhões solicitado pelo prefeito David Almeida. A votação ocorreu em tempo recorde, gerando críticas da oposição sobre a falta de transparência e os impactos fiscais da medida.

A proposta, incluída na Mensagem nº 12/2025 do Executivo municipal, enfrentou tentativas de obstrução. Vereadores oposicionistas pediram mais esclarecimentos, mas a base governista garantiu a aprovação por maioria.

Votação acelerada e resistência da oposição

O projeto foi pautado pela manhã e aprovado no início da tarde. A base aliada conseguiu aprovar um pedido de urgência, acelerando o trâmite e impedindo análises mais detalhadas.

O vereador Paulo Tyrone (Cidadania) solicitou parecer da Controladoria do Município, enquanto Rodrigo Guedes (Republicanos) pediu a oitiva de um perito. No entanto, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), Gilmar Nascimento (Avante), rejeitou os pedidos, alegando que não eram necessários.

Críticas sobre endividamento e transparência

O vereador Coronel Rosses (PL) criticou o novo empréstimo, alertando para o risco fiscal. “A cidade arrecada R$ 10 bilhões por ano. Por que mais dívidas sem transparência?”, questionou.

Diego Afonso (União Brasil) argumentou que a gestão prioriza ações simbólicas em vez de infraestrutura. “Precisamos de investimentos reais em drenagem e mobilidade, não de mais dívidas”, afirmou.

O vereador Zé Ricardo (PT) destacou que Manaus já pagou R$ 3 bilhões em empréstimos anteriores e acumula uma dívida total de quase R$ 4 bilhões. Ele cobrou garantias de que os recursos serão aplicados em áreas essenciais.

Base governista defende a medida

Aliados do prefeito defenderam o empréstimo como essencial para manter investimentos. O presidente da CCJ, Gilmar Nascimento, afirmou que a urgência era necessária e que o projeto seguiu os ritos legais.

Além do empréstimo principal, a Câmara aprovou um financiamento complementar de R$ 145,8 milhões junto ao BNDES, pelo Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT).

Impacto nas finanças de Manaus

Especialistas alertam para os riscos do novo endividamento. Com juros elevados, a cidade pode enfrentar dificuldades para manter investimentos futuros em saúde, educação e infraestrutura.

A população também cobra mais transparência. Com problemas crônicos de mobilidade e saneamento, o uso eficiente dos recursos será decisivo para evitar agravamento das dificuldades urbanas.

Próximos passos

Com a aprovação na Câmara, o Executivo municipal poderá prosseguir com as negociações para a liberação dos recursos. A oposição promete acompanhar a destinação do montante e cobrar prestação de contas.

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