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- Eduardo Bolsonaro e aliados exibiram bandeira dos EUA no Congresso em 22/08, gerando crise no PL.
- O ato desviou o foco das críticas à suspensão de comissões por Hugo Motta, segundo integrantes do partido.
- Deputados do PL avaliaram que a ação comprometeu a imagem da legenda em meio ao tarifaço de Trump.
- Dirigentes temem que atitudes de Eduardo Bolsonaro prejudiquem alianças e o desempenho nas eleições municipais.
Eduardo Bolsonaro e aliados de Trump causaram tensão no PL após ato com bandeira americana no Congresso, agravando a crise interna do partido.
O PL viveu um novo momento de instabilidade política após a exibição de uma bandeira dos Estados Unidos em apoio a Donald Trump no Congresso Nacional, na última terça-feira (22). A ação, protagonizada por parlamentares bolsonaristas, gerou desconforto entre membros mais pragmáticos da legenda.
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O episódio ocorreu em meio à insatisfação com a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de suspender reuniões de comissões dominadas por aliados de Bolsonaro. Para parte da bancada do PL, a manifestação desviou o foco da crítica principal.
PL tenta conter danos após ato pró-Trump
Segundo a colunista Andréia Sadi, da GloboNews, deputados do PL que participaram do ato foram repreendidos por colegas. A avaliação interna é de que a cena comprometeu a imagem do partido, especialmente diante da tensão comercial gerada pelo recente tarifaço de Trump.
Aliados mais moderados afirmaram, em reservado, que manifestações individuais são aceitáveis, mas ações em grupo aumentam o desgaste. “Quem quiser levantar bandeira americana, que o faça sozinho”, teria dito um dirigente.
Como Eduardo Bolsonaro agrava a crise?
O comportamento de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado licenciado, também tem sido motivo de preocupação. Fontes do partido o classificam como “incontrolável” e criticam sua postura de confronto com o STF e com figuras do próprio partido.
Eduardo não teria esclarecido publicamente que não teve envolvimento com o tarifaço imposto por Trump. A omissão, para dirigentes do PL, prejudica a imagem da direita brasileira, já pressionada por temas econômicos e institucionais.
Três pontos de atrito entre Eduardo e o PL
1. Falta de articulação política: Eduardo é acusado de não ouvir conselhos e de não apresentar soluções viáveis.
2. Ataques a aliados: Irritou o partido ao criticar o governador Tarcísio de Freitas (PL-SP), atitude que só cessou após intervenção do ex-presidente Bolsonaro.
3. Conflito com o STF: Insiste em atacar o ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, mesmo sob críticas internas.
O que está em jogo para o PL?
A legenda tenta se reposicionar diante das eleições municipais e da relação com o governo Lula. O desgaste causado por ações isoladas de parlamentares bolsonaristas pode comprometer alianças e enfraquecer a imagem institucional do partido.
Dirigentes avaliam que é necessário manter o foco em pautas nacionais e evitar ruídos com aliados internacionais. A ordem é conter danos e reforçar a coesão interna.