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- Hugo Motta viajou a Lisboa em julho em voo da FAB para o Fórum de Lisboa, com escala em Cabo Verde.
- O custo do Gilmarpalooza ao Congresso foi de pelo menos R$ 760 mil, segundo a Folha de S.Paulo.
- Apenas 11 dos 36 parlamentares que participaram do evento foram listados como palestrantes oficiais.
- A FAB impôs sigilo de cinco anos sobre dados operacionais, gerando críticas sobre falta de transparência.
O custo com diárias da tripulação da FAB que levou Hugo Motta ao Fórum de Lisboa, conhecido como ‘Gilmarpalooza’, foi de R$ 60,9 mil, segundo O Globo. A viagem, que contou com escala em Cabo Verde, ocorreu no início de julho.
O voo oficial transportou sete passageiros, incluindo Hugo Motta (Republicanos-PB) e Arthur Lira (PP-AL). A Força Aérea Brasileira se recusou a divulgar os gastos com combustível e a lista completa de passageiros, alegando sigilo de cinco anos.
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Viagem oficial teve custo elevado com diárias
O valor de US$ 10,9 mil (cerca de R$ 60,9 mil) refere-se apenas às diárias pagas à tripulação da FAB. Os custos com combustível e manutenção da aeronave não foram informados pela Força Aérea.
De acordo com o site da FAB, o voo partiu do Brasil com destino a Lisboa, com escala técnica em Cabo Verde para reabastecimento. A volta ocorreu em 6 de julho.
Quanto custou o ‘Gilmarpalooza’ ao Congresso?
Segundo a Folha de S.Paulo, a participação de 36 parlamentares no evento custou ao menos R$ 760 mil aos cofres da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
As passagens aéreas variaram entre R$ 4,7 mil e R$ 41,2 mil. Já as diárias para hospedagem, transporte e alimentação foram de R$ 5,9 mil a R$ 21,6 mil.
Quantos parlamentares palestraram no evento?
Dos 36 parlamentares que tiveram despesas pagas pelo Congresso, apenas 11 constavam na programação oficial do Fórum de Lisboa como palestrantes.
A Câmara arcou com passagens de 16 deputados e o Senado, de 2 senadores. O valor médio das passagens foi de R$ 18 mil. Outros quatro senadores pediram reembolso de seguro-viagem.
Viagens oficiais e transparência dos gastos públicos
A recusa da FAB em divulgar informações detalhadas sobre os custos operacionais e os passageiros levanta questionamentos sobre a transparência no uso de recursos públicos em viagens oficiais.
O sigilo de cinco anos sobre os dados operacionais da Força Aérea é previsto por norma interna, mas tem sido alvo de críticas por dificultar o controle social e a fiscalização por parte da imprensa e da sociedade civil.