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- O deputado Nikolas Ferreira criticou no X a escolha do Curupira como mascote da COP-30, marcada para 2025 em Belém.
- O governador Helder Barbalho defendeu o símbolo folclórico da COP-30 como valorização da cultura e proteção ambiental.
- Com queda de 50% no desmatamento em 2023, o Brasil busca protagonismo climático com o Curupira como mascote da COP-30.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a escolha do Curupira como mascote da COP-30, evento climático da ONU que ocorrerá em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025. A crítica foi publicada na rede social X, antigo Twitter, e gerou ampla repercussão política e cultural.
“Excelente escolha pra representar o Brasil e nossas florestas: anda para trás e pega fogo”, escreveu o parlamentar. A publicação ultrapassou 34 mil curtidas, intensificando o debate sobre a imagem do folclore brasileiro em eventos internacionais.
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Curupira na COP-30 e a valorização cultural
O Curupira é um personagem do folclore indígena brasileiro. Segundo a tradição, ele tem os pés virados para trás para confundir invasores e proteger a floresta. A escolha do mascote busca simbolizar o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e os povos da floresta.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), rebateu a crítica nas redes sociais. “Enquanto uns andam pra trás ao não reconhecer nossa cultura, o Brasil avança como protagonista nas discussões ambientais”, afirmou.
Impacto político e ambiental no Amazonas e Brasil
A COP-30 será a primeira conferência climática da ONU realizada na Amazônia. O evento ocorre em um momento estratégico, com o Brasil tentando liderar as negociações globais sobre clima. O estado do Amazonas, assim como o Pará, tem papel central nas políticas de redução do desmatamento e emissões de gases de efeito estufa.
Segundo dados do INPE, o desmatamento na Amazônia Legal caiu 50% em 2023. A escolha do Curupira visa reforçar essa narrativa de proteção ambiental com raízes culturais brasileiras.
Repercussão nas redes e no debate nacional
A publicação de Nikolas gerou milhares de interações e polarizou opiniões. A escritora Januária Silva, especialista em folclore, defendeu a escolha. “O Curupira é defensor da floresta. Ele engana caçadores para preservar a natureza”, disse em entrevista à Folha de S.Paulo.
O governo federal reforça que o mascote representa o compromisso do Brasil com a agenda climática. A presidência da COP-30 será brasileira, sob liderança do Itamaraty, com foco em metas de neutralidade de carbono até 2050.
Folclore e política ambiental em debate
A crítica de Nikolas reflete disputas ideológicas sobre meio ambiente e cultura. Enquanto setores conservadores questionam símbolos folclóricos, lideranças regionais e ambientais defendem o uso da imagem do Curupira como forma de valorização da Amazônia e da identidade nacional.
O debate evidencia a importância da educação ambiental e da representatividade cultural nas políticas públicas. A COP-30 será uma vitrine internacional para o Brasil reafirmar seu papel na luta contra as mudanças climáticas.