Contas externas do Brasil têm déficit de US$ 2,2 bi em março

Saldo negativo foi impulsionado por aumento nas despesas com viagens internacionais e remessas de lucros ao exterior.

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As contas externas do Brasil registraram saldo negativo de US$ 2,245 bilhões em março de 2025, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Em comparação com março de 2024, houve melhora, quando o déficit foi de US$ 4,087 bilhões nas transações correntes.

A redução do déficit ocorreu devido ao aumento de US$ 1,3 bilhão no superávit comercial e à queda de US$ 895 milhões no déficit em renda primária. No entanto, o déficit em serviços cresceu US$ 460 milhões, pressionando o saldo final.

Contas externas: balança comercial impulsiona resultado

As exportações brasileiras somaram US$ 29,449 bilhões em março, alta de 5,3% frente a 2024. As importações subiram 0,9%, totalizando US$ 21,812 bilhões. O superávit comercial alcançou US$ 7,637 bilhões no mês.

Produtos como café, soja, carnes e celulose lideraram as exportações. A safra de soja, relevante para o Amazonas e outras regiões, impulsionou o comércio exterior.

Déficit em serviços e impacto no Amazonas

O déficit na conta de serviços atingiu US$ 4,352 bilhões, aumento de 11,8% em relação a março de 2024. Serviços de propriedade intelectual e transporte foram os principais responsáveis.

No Amazonas, o aumento dos custos de frete internacional impacta diretamente a Zona Franca de Manaus, que depende da importação de insumos e da exportação de produtos industrializados.

Renda primária e secundária: fluxo de capitais

O déficit em renda primária foi de US$ 5,781 bilhões, queda de 13,4% na comparação anual. A conta de renda secundária teve superávit de US$ 251 milhões, refletindo aumento nas remessas e doações.

Esses fluxos são relevantes para o Amazonas, que recebe recursos de brasileiros no exterior, especialmente em setores de turismo e comércio.

Investimentos diretos sustentam contas externas

Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,990 bilhões em março. Apesar da queda em relação a 2024, o IDP continua financiando o déficit de forma sustentável.

O IDP acumulado em 12 meses alcançou US$ 68,213 bilhões, equivalente a 3,19% do PIB. Esse tipo de investimento é vital para a economia, pois gera empregos e renda, inclusive no Amazonas.

Reservas internacionais e estabilidade econômica

O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 336,157 bilhões em março, alta de US$ 3,649 bilhões no mês. Esse volume garante maior segurança financeira ao país em momentos de volatilidade externa.

O desempenho das contas externas é monitorado de perto pelo governo federal e pelos estados, como o Amazonas, que depende de um ambiente econômico estável para atrair investimentos e fomentar seu polo industrial.

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