Comitiva de Lula à Ásia custou mais de R$ 800 mil em diárias

Valores cobriram hospedagem de servidores e ministros durante visitas oficiais em três países.

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A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Ásia, entre 20 e 30 de março, gerou um gasto de R$ 826.774,92 em diárias para os 84 integrantes da comitiva oficial. O roteiro incluiu visitas ao Japão e Vietnã, com foco em acordos comerciais e cooperação internacional.

Entre os participantes, estavam os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de ministros, parlamentares e representantes sindicais.

Comitiva presidencial gerou despesas públicas expressivas

Dos 84 integrantes, 59 eram ligados ao governo federal, com gastos de R$ 645.193,00 em diárias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) enviou 11 pessoas, entre elas profissionais da EBC, totalizando R$ 130 mil em despesas.

O Senado Federal participou com três representantes, gerando R$ 49.436,00 em diárias. Já a Câmara dos Deputados enviou sete pessoas. Empresas públicas e estatais contaram com 12 integrantes, enquanto três representantes sindicais também integraram a delegação.

Gastos podem ser ainda maiores, aponta Portal da Transparência

Os dados foram extraídos do Portal da Transparência e publicados em 9 de março, antes do início da viagem. Isso significa que os valores finais ainda podem aumentar.

Informações sobre 29 pessoas da comitiva ainda não foram incluídas na base de dados. Além disso, os custos com passagens aéreas não foram contabilizados nesse montante.

Viagens internacionais e o impacto fiscal

Viagens presidenciais fazem parte da diplomacia de Estado, mas o volume de gastos costuma gerar questionamentos. O detalhamento das despesas reforça a importância da transparência no uso de recursos públicos.

O tema também tem implicações políticas. Em um cenário de ajuste fiscal e debate sobre cortes orçamentários, viagens com altos custos tendem a repercutir no Congresso e entre órgãos de controle.

O impacto é ainda mais sensível em estados como o Amazonas, onde demandas por infraestrutura e saúde pública pressionam os cofres públicos. A relação entre gastos federais e investimentos regionais é frequentemente citada por parlamentares locais.

Fiscalização e controle social sobre gastos públicos

Órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) atuam na fiscalização desses gastos. Cidadãos também podem acompanhar as despesas por meio do Portal da Transparência.

Com o avanço da tecnologia e maior pressão por responsabilidade fiscal, a tendência é que viagens oficiais passem a ser mais monitoradas por sociedade civil, imprensa e instituições de controle.

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