CNJ investiga vazamento de dados sigilosos na Justiça

Objetivo é apurar responsabilidades e reforçar a segurança das informações no sistema judiciário.

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que pode investigar a exposição de dados sigilosos em sistemas judiciais nacionais. A apuração ocorre após reportagem do g1 revelar vazamentos de informações sensíveis em mandados e processos judiciais.

Segundo o levantamento, os dados estavam disponíveis no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) e na plataforma Jus.br. As informações incluíam nomes de vítimas de estupro e violência doméstica, incluindo crianças e adolescentes.

CNJ aponta falhas no preenchimento de dados

De acordo com o CNJ, o vazamento ocorreu porque servidores inseriram dados sigilosos em campos de texto livre. O órgão afirmou que reforçará orientações sobre o correto uso dos sistemas judiciais.

A Corregedoria Nacional do CNJ pode assumir a apuração. A medida visa padronizar procedimentos e evitar novas falhas em sistemas de alcance nacional.

Tribunais estaduais iniciam apurações internas

Tribunais de Justiça de vários estados, incluindo o Amazonas, informaram que corregedorias locais já investigam os casos. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) declarou que os mandados foram emitidos antes da nova legislação de proteção de vítimas.

A Lei nº 14.857/2024, sancionada em maio, determina o sigilo do nome da vítima em crimes de violência doméstica e familiar. A norma busca proteger a identidade de mulheres e menores em situação de vulnerabilidade.

Contexto político e jurídico no Amazonas

No Amazonas, o debate sobre transparência e proteção de dados ganhou força após denúncias de falhas no sistema judiciário. O TJAM afirmou que já encaminhou os documentos à Corregedoria-Geral para apuração.

O estado enfrenta desafios na digitalização de processos e na capacitação de servidores. A situação reflete um problema nacional, com sistemas judiciais ainda em adaptação às novas exigências legais.

Brasil busca equilíbrio entre transparência e proteção

O caso levanta discussões sobre o equilíbrio entre transparência e privacidade no Judiciário. O CNJ tem papel central na regulamentação e fiscalização de sistemas eletrônicos de justiça no Brasil.

Segundo dados do próprio CNJ, o BNMP e o Jus.br são usados por tribunais de todo o país. A falha em campos de texto livre expôs dados que deveriam estar protegidos por sigilo legal.

O episódio reforça a importância de capacitação técnica e revisão de protocolos. O CNJ deve divulgar novas diretrizes para evitar recorrência de vazamentos.

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