Cirurgia cardíaca por telemonitoramento avança no SUS

Tecnologia permite acompanhamento remoto de pacientes, reduzindo riscos e otimizando o atendimento no sistema público.

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O governador do Amazonas, Wilson Lima, celebrou a realização da primeira cirurgia cardíaca do Brasil com telemonitoramento. O procedimento ocorreu no Hospital Francisca Mendes, em Manaus, com apoio técnico remoto de especialistas em São Paulo. A operação marca um avanço na regionalização de cirurgias complexas no Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa integra o projeto do Ministério da Saúde em parceria com o Hospital do Coração (HCor), por meio do Proadi-SUS. O Amazonas é o único estado da Região Norte a participar da fase atual do projeto.

Cirurgia cardíaca com telemedicina no SUS

O procedimento foi realizado com suporte de uma plataforma digital de áudio, vídeo e dados. A equipe médica local recebeu orientações em tempo real de especialistas do HCor. A tecnologia permite capacitação contínua das equipes e amplia o acesso a tratamentos em regiões remotas.

“Estamos dando mais um passo na evolução tecnológica da saúde pública”, afirmou Wilson Lima. O governador destacou a importância de parcerias para levar procedimentos de alta complexidade ao interior do país.

Paciente do Amazonas é símbolo de avanço

A paciente foi Aysha Isadora, de 1 ano e 3 meses. Nascida prematura, foi diagnosticada com cardiopatia congênita ainda na maternidade. Após meses de acompanhamento no Hospital Francisca Mendes, foi indicada para correção cirúrgica.

Segundo o cirurgião Silas Avelar, o procedimento fechou uma comunicação interventricular perimembranosa. “Esse tipo de cirurgia exige alta especialização, especialmente em neonatologia”, explicou.

Amazonas como modelo nacional

O projeto de descentralização busca qualificar centros regionais para cirurgias cardíacas pediátricas. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 29 mil crianças nascem com cardiopatia congênita por ano no Brasil. Destas, 80% precisam de cirurgia, metade ainda no primeiro ano de vida.

A coordenadora do projeto, Carmem Moura, afirmou que o Amazonas foi selecionado por critérios técnicos. “Consideramos a estrutura, equipe qualificada e o compromisso da gestão estadual”, disse.

Presenças e apoio institucional

Além do governador, participaram virtualmente o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes do HCor e da Associação Beneficente Síria. Em Manaus, acompanharam a secretária de Saúde Nayara Maksoud e a diretora do hospital, Roberta Nascimento.

O Hospital Francisca Mendes passa a integrar um grupo estratégico de unidades do SUS com capacidade para realizar cirurgias cardíacas complexas com suporte remoto. A expectativa é ampliar o modelo para outros estados.

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