O deputado estadual Ednailson Rozenha (PMB-AM) foi eleito vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o mandato de 2026 a 2030. A eleição ocorreu neste domingo (25), em chapa encabeçada por Samir Xaud, que assumirá a presidência da entidade. Rozenha recebeu apoio unânime das 27 federações estaduais e dos 40 clubes das séries A e B.
Leia Mais:
Apesar do novo cargo, Rozenha enfrenta críticas por sua atuação política. Ele é apontado como um dos responsáveis pela exclusão de Manaus da lista de cidades candidatas a sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027.
Rozenha e a ausência de Manaus na Copa Feminina
O Amazonas ficou fora da candidatura brasileira ao torneio, que será organizado em conjunto com Alemanha, Bélgica e Holanda. A ausência da capital amazonense gerou reações negativas de lideranças locais. Parlamentares e representantes do setor esportivo criticaram a falta de articulação política do deputado junto à CBF e ao governo federal.
Rozenha preside a Federação Amazonense de Futebol (FAF) desde 2023. Ele também integra a Comissão de Esporte da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Mesmo com esses postos, não houve mobilização pública em defesa da candidatura de Manaus.
Amazonas na política esportiva nacional
Esta é a primeira vez que um político amazonense ocupa um cargo na cúpula da CBF. A nomeação é vista como estratégica para o fortalecimento do futebol da região Norte. No entanto, a exclusão de Manaus da Copa levanta dúvidas sobre o real impacto da presença de Rozenha na entidade.
Segundo o IBGE, o Amazonas tem população estimada em 3,9 milhões de habitantes. A capital, Manaus, possui infraestrutura esportiva que já sediou partidas da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
Repercussão política e expectativas
O cenário abre debate sobre a representatividade regional nas decisões esportivas nacionais. A bancada federal do Amazonas prometeu cobrar explicações da CBF e do Ministério do Esporte. A expectativa é que o novo vice-presidente atue para reverter o cenário em futuras competições.
Rozenha afirmou que buscará ampliar investimentos no futebol da região. No entanto, ainda não apresentou plano público para isso. A pressão política deve aumentar nos próximos meses, especialmente com a proximidade das eleições municipais de 2024.