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- Câmara confirmou a cassação de sete deputados nesta quarta-feira.
- Decisão foi baseada em nova regra do STF sobre sobras eleitorais.
- Parlamentares bolsonaristas do Amapá estão entre os mais afetados.
- Cassação de deputados bolsonaristas reacende debate sobre segurança jurídica.
A cassação de deputados bolsonaristas foi oficializada nesta quarta-feira (30) pela Câmara dos Deputados. A medida cumpre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que alterou a regra de distribuição das sobras eleitorais de 2022.
A decisão foi assinada por Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa, e atinge sete parlamentares, a maioria ligada ao bolsonarismo e eleita pelo Amapá. A mudança decorre da aplicação retroativa de novo entendimento do STF sobre as chamadas “sobras das sobras”.
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O Supremo derrubou a exigência de desempenho mínimo de partidos e candidatos para participar da terceira fase da apuração. Com isso, abriu espaço para uma redistribuição mais ampla dos votos remanescentes.
Essa nova interpretação foi aplicada ao pleito de 2022, o que alterou a composição da Câmara mesmo após os mandatos já terem sido confirmados pela Justiça Eleitoral.
Quem perde o mandato?
Os sete deputados que perdem o mandato são:
- Dr. Pupio (MDB-AP)
- Sonize Barbosa (PL-AP)
- Professora Goreth (PDT-AP)
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
- Lebrão (União Brasil-RO)
- Lázaro Botelho (PP-TO)
- Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
A maioria é ligada a partidos da base bolsonarista, o que amplia o impacto político da decisão.
Como os partidos reagiram?
Parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro criticaram a decisão do STF. Alegam que a mudança de regra após a eleição compromete a segurança jurídica do processo eleitoral.
Já setores do Judiciário e partidos beneficiados defendem a medida como forma de garantir maior proporcionalidade na representação parlamentar.
Três pontos de impacto político
- Redução da bancada bolsonarista na Câmara
- Fortalecimento de partidos com menos votos nominais
- Precedente para outras ações de recontagem
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