Carla Zambelli rompe com Bolsonaro após condenação STF

Deputada critica decisão do Supremo e afirma que ex-presidente não a apoiou durante o processo judicial.

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A saída da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil após sua condenação repercutiu nas redes sociais. No entanto, o silêncio da família Bolsonaro chamou atenção. Nos bastidores, o afastamento teria origem em disputas por arrecadações via Pix, envolvendo valores expressivos.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 15 anos e seis meses de prisão. Entre os crimes, estão perseguição armada e invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após a sentença, deixou o país e iniciou uma campanha de doações online.

Conflito por doações entre Zambelli e Bolsonaro

Em vídeo, Zambelli declarou ter arrecadado R$ 285 mil em um dia. No dia seguinte, o valor subiu para R$ 295 mil. O montante, porém, está longe da multa de R$ 3 milhões imposta pelo STF. Ela atribuiu a baixa adesão à concorrência com a vaquinha lançada por Jair Bolsonaro na mesma semana.

Segundo aliados, a deputada teria se irritado com a “disputa por Pix de patriota”. Acredita que o ex-presidente atrapalhou sua captação de recursos ao mobilizar a mesma base de apoiadores. O silêncio do clã Bolsonaro, incluindo Michelle e os filhos, reforça o rompimento.

Reaproximação frustrada e estratégia política

Zambelli tentou se reaproximar dizendo que pretende “ombrear” com Eduardo Bolsonaro na Europa. A resposta não veio. Em entrevista, afirmou que perdoou Bolsonaro, mas lamentou a falta de apoio. Disse ter entrado em depressão após críticas públicas do ex-aliado.

Para evitar a prisão, aposta em um futuro indulto presidencial. Espera que um novo governo aliado assuma o Planalto em 2027. Até lá, precisa quitar as multas e manter apoio político.

Estratégia familiar e eleições de 2026

Como parte da estratégia, transferiu suas redes sociais para a mãe, Rita Zambelli. Anunciou ainda que ela será candidata a deputada em 2026. A movimentação indica tentativa de manter influência política mesmo em exílio.

No Amazonas, o caso repercute entre eleitores conservadores. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro teve 61% dos votos válidos no estado em 2022. A disputa por apoio entre figuras da direita pode afetar o cenário local.

Especialistas apontam que o enfraquecimento de Zambelli pode abrir espaço para novas lideranças no campo conservador. O impacto da disputa por doações também levanta debates sobre financiamento político informal e uso de redes sociais.

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