Capitão Alberto Neto erra com IA em requerimento oficial

Deputado apresenta documento com trechos gerados por inteligência artificial sem revisão adequada, gerando polêmica e críticas.
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O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) cometeu uma falha ao enviar um requerimento oficial ao Ministério dos Transportes. O documento, protocolado na Câmara dos Deputados, questionava a atuação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na fiscalização do transporte rodoviário de passageiros.

O requerimento continha 11 perguntas distribuídas em seis páginas. O parlamentar alegava um suposto “desmonte da fiscalização da ANTT desde fevereiro de 2024”. No entanto, o último item do documento expôs uma frase gerada por inteligência artificial (IA), indicando o uso da ferramenta Claude na elaboração do texto.

Uso de IA em documento oficial levanta debate sobre transparência

A frase “Tentar novamente. O Claude pode cometer erros. Confira sempre as respostas” permaneceu no texto final enviado ao Ministério dos Transportes. O erro foi revelado pelo Blog de Lauro Jardim, do jornal O Globo, e repercutiu nos bastidores políticos de Brasília.

Após a exposição, o gabinete de Capitão Alberto Neto corrigiu o requerimento e reenviou o documento com apenas dez perguntas. A versão atualizada está registrada no portal oficial da Câmara dos Deputados.

Parlamentar do Amazonas busca explicações sobre fiscalização rodoviária

Capitão Alberto Neto é representante do Amazonas, estado com desafios logísticos significativos. A malha viária limitada e a dependência de transporte fluvial tornam a fiscalização rodoviária um tema relevante para a região.

Segundo dados da ANTT, o transporte interestadual de passageiros é responsável por milhões de viagens anuais no Brasil. A atuação da agência tem impacto direto na segurança e na regularidade dos serviços, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros.

Erro evidencia uso crescente de IA no Legislativo

O caso evidencia o uso de ferramentas de inteligência artificial por gabinetes parlamentares. Embora a prática possa agilizar a produção de documentos, levanta questões sobre revisão e responsabilidade institucional.

O uso de IA no setor público ainda carece de regulamentação específica. O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) discute diretrizes para garantir integridade e clareza na produção de conteúdo oficial.

Capitão Alberto Neto ainda não se pronunciou publicamente sobre o episódio. A Câmara dos Deputados não possui norma que proíba o uso de IA em documentos, mas a falha reforça a importância da revisão humana em processos legislativos.

Repercussão política e impacto na imagem parlamentar

O episódio repercutiu entre parlamentares e assessores em Brasília. A falha foi vista como um descuido, mas também como reflexo da pressão por produtividade nos gabinetes.

No Amazonas, a atuação de Capitão Alberto Neto é acompanhada de perto por eleitores e lideranças locais. O parlamentar é pré-candidato à prefeitura de Manaus e busca ampliar sua visibilidade nacional.

O uso de IA no Legislativo tende a crescer. No entanto, casos como este reforçam a necessidade de controle de qualidade e responsabilidade na produção de conteúdo público.

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