Brasil vai iniciar tratamento injetável de prevenção ao HIV no país.
A profilaxia pré-exposição (PrEp) utiliza o medicamento cabotegravir de ação prolongada e consiste em seis aplicações por ano.
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Esse tipo de tratamento se mostrou mais eficaz do que o tratamento diário por via oral.
Serão investidos US$ 10 milhões no Brasil e na África do Sul.
O cabotegravir de ação prolongada propicia oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus, por meio de uma única injeção intramuscular.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, o projeto terá como público-alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV: homens que fazem sexo com homens e mulheres trans, de 18 a 30 anos.
Além do Brasil, a Unitaid também selecionou a África do Sul para implantar o projeto, que será disponibilizado para adolescentes e jovens mulheres.
Segundo a Fiocruz, na África Subsaariana, seis em cada sete novos casos de infecção em adolescentes ocorrem em garotas e mulheres jovens têm o dobro do índice de contaminação em relação a homens jovens.
Os dois países vão adotar o tratamento de forma integrada a seus programas nacionais de saúde.
Os dados gerados devem servir de apoio para a implantação global do programa.
A meta das Nações Unidas é fazer com que a prevenção alcance 95% das pessoas com risco de infecção em 2025.
A Fiocruz explica que a PrEP injetável, além de facilitar o tratamento, ajuda a reduzir o medo de que os comprimidos sejam interpretados como tratamento do HIV e façam com que o usuário sofra estigma, discriminação ou violência por parceiro íntimo como resultado.