Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 52% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro deveria ser preso por sua suposta tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito.
Outros 42% discordam da prisão do ex-presidente, enquanto 7% não souberam opinar.
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Bolsonaro e a percepção sobre prisão
O levantamento também revela que 52% acham que Bolsonaro não será preso, mesmo acreditando que ele deveria. Já 41% acreditam que ele será responsabilizado judicialmente. Outros 7% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 entrevistados com mais de 16 anos, em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Divisão regional sobre possível prisão
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde se inclui o Amazonas, há empate técnico: 47% defendem a prisão de Bolsonaro, enquanto 45% são contrários. A diferença está dentro da margem de erro.
No Sul do país, o cenário se inverte. Lá, 49% acreditam que o ex-presidente não deve ser preso, contra 46% que defendem sua detenção.
Contexto político e possíveis desdobramentos
As acusações contra Bolsonaro envolvem sua suposta participação em uma tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022. A investigação tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui depoimentos de ex-ministros e militares.
A percepção pública captada pelo Datafolha pode influenciar decisões políticas e judiciais, especialmente com a aproximação do calendário eleitoral de 2024 e 2026. A opinião pública também pode impactar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em eventuais julgamentos de inelegibilidade.
No Amazonas, onde Bolsonaro teve forte apoio nas urnas, a divisão de opiniões pode afetar o posicionamento de lideranças locais, como deputados federais e estaduais, além de pré-candidatos às eleições municipais.
Entenda o que está em jogo
O debate sobre a prisão de Bolsonaro ocorre em meio a investigações sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e outras ações que teriam violado a Constituição.
Segundo juristas, uma eventual condenação dependerá de provas materiais e da análise do STF. Ainda não há data para julgamento.
Enquanto isso, a polarização continua a influenciar o cenário político e a atuação dos Três Poderes.