Aumento da tarifa de ônibus em Manaus gera protestos na CMM

Manifestantes criticam a falta de transparência e cobram explicações dos vereadores sobre reajuste.

Compartilhe

O vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) solicitou, nesta terça-feira (22), a suspensão imediata do reajuste da tarifa de ônibus em Manaus. A cobrança foi feita na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), após a Prefeitura anunciar o aumento de R$ 4,50 para R$ 6 no valor da passagem. O novo valor entrou em vigor no domingo (20), conforme decreto publicado em edição extra do Diário Oficial do Município no sábado (19).

Segundo Guedes, o reajuste de 33% surpreendeu a população e impacta diretamente o setor comercial da capital. O vereador argumenta que o aumento pode gerar demissões, já que empresários deverão repassar o custo adicional aos trabalhadores.

Reajuste da tarifa de ônibus em Manaus

O reajuste da tarifa do transporte coletivo em Manaus reacende o debate sobre mobilidade urbana e subsídios públicos. A Prefeitura afirma que o valor de R$ 6 reflete a defasagem acumulada nos últimos anos. No entanto, o aumento ocorre em um cenário de inflação controlada e desemprego elevado no Amazonas.

Guedes afirma que a medida é injusta com a população de baixa renda. “Até quem não utiliza ônibus será afetado. O comércio vai repassar o custo. Isso gera inflação indireta”, disse o parlamentar.

Impacto no comércio e no trabalhador

O vereador solicitou à presidência da CMM que representantes do comércio possam se manifestar no plenário. Ele ainda aguarda resposta do presidente David Reis (Avante). A proposta visa ampliar o debate sobre os efeitos econômicos do reajuste no setor produtivo local.

Dados da Seplancti-AM mostram que o comércio responde por cerca de 20% dos empregos formais no estado. Um aumento no custo do transporte pode reduzir a margem de lucro dos comerciantes e impactar a empregabilidade.

Contexto político e nacional

O aumento da tarifa ocorre em meio a discussões nacionais sobre o financiamento do transporte público. Em março, o Governo Federal anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir subsídios ao setor. O tema também está em pauta no Congresso Nacional, com projetos que preveem repasses da União para municípios.

No Amazonas, a ausência de subsídios estaduais amplia a pressão sobre o orçamento municipal. A Prefeitura de Manaus alega que o reajuste é necessário para manter o equilíbrio financeiro do sistema de transporte.

Pedido de suspensão e alternativas

Rodrigo Guedes propõe que o valor da tarifa volte aos R$ 4,50. Ele também defende maior transparência na composição dos custos do sistema. “É preciso abrir a caixa-preta do transporte coletivo”, afirmou.

O vereador sugere que a Prefeitura busque alternativas de financiamento, como parcerias público-privadas e revisão de contratos com as empresas de ônibus. A proposta será debatida em sessões futuras da CMM.

Corpatilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore