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- Ato de apoio a Bolsonaro ocorreu neste domingo (20), em Brasília, com presença de aliados e críticas ao STF.
- Manifestação teve adesão abaixo do esperado: apenas 150 pessoas, segundo a Polícia Militar do DF.
- Bolsonaro não compareceu por estar proibido de sair de casa nos fins de semana por decisão judicial.
- Especialistas apontam que o ato pode influenciar as eleições municipais de 2024 em redutos conservadores.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na manhã deste domingo (20) em Brasília, em um ato público convocado para demonstrar apoio após novas medidas judiciais contra ele. A manifestação ocorreu dois dias após a Polícia Federal (PF) cumprir mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente.
O protesto foi organizado pela deputada Bia Kicis (PL-DF) e recebeu o nome de “Brasília vai caminhar, pela Liberdade, pela Democracia e pela Verdade”. A concentração começou às 9h, em frente ao Banco Central, com caminhada em direção ao Eixão Sul.
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Adesão ficou abaixo do esperado pelos organizadores
A expectativa da organização era reunir até 1,5 mil pessoas. No entanto, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 150 manifestantes participaram do início do ato. O público era composto majoritariamente por apoiadores vestindo verde e amarelo, empunhando bandeiras do Brasil e faixas com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os presentes estavam a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressistas), além da própria Bia Kicis. O ex-presidente Jair Bolsonaro não participou do ato, pois está proibido de sair de casa nos fins de semana por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Contexto político e medidas judiciais
Na última sexta-feira (18), a PF realizou uma operação em endereços ligados a Bolsonaro, no âmbito de um inquérito que investiga suposta tentativa de obstrução de Justiça. Como resultado, o ministro Alexandre de Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato com outros investigados, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
Nas redes sociais, Eduardo comentou o protesto, classificando-o como uma “manifestação espontânea”. O ato também repercutiu entre grupos bolsonaristas no Amazonas, onde lideranças locais têm demonstrado apoio ao ex-presidente em meio às investigações em curso.
Impacto no cenário político e reações
A manifestação ocorre em um momento de tensão entre o Judiciário e setores da direita que apoiam Bolsonaro. Embora o número de participantes tenha sido reduzido, o ato evidencia a mobilização de uma base fiel ao ex-presidente, mesmo diante de medidas restritivas.
Especialistas avaliam que a movimentação pode ter reflexos nas eleições municipais de 2024, especialmente em estados como o Amazonas, onde o bolsonarismo mantém influência em segmentos conservadores e evangélicos.
Leia a nota do STF na íntegra
O Supremo Tribunal Federal informa que todas as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro seguem os trâmites legais e foram autorizadas com base em elementos apresentados pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes reforça que as decisões visam garantir a integridade das investigações e a ordem pública.
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