Amazonas fica atrás do Pará em ranking de inovação de 2025

Estado é o segundo mais bem colocado da Região Norte, mas enfrenta entraves estruturais e queda em indicadores estratégicos.
Amazonas lidera a Região Norte no Índice de Inovação dos Estados 2025, mas enfrenta desafios em infraestrutura e capital humano.

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  • Amazonas ficou em 18º lugar no Índice de Inovação dos Estados 2025, atrás do Pará.
  • Pará lidera a Região Norte em inovação, com índice superior ao dos demais estados nortistas.
  • Infraestrutura e formação técnica ainda são desafios críticos para o Amazonas.

O Amazonas ocupa a 18ª posição no Índice de Inovação dos Estados 2025, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estado ficou atrás do Pará, que alcançou o 15º lugar com um desempenho mais robusto em áreas como infraestrutura, capital humano e resultados científicos.

Em 2024, o estado ocupava a 16ª colocação. O estudo avalia as 27 unidades da federação a partir de 12 indicadores. Os cinco primeiros são: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Pará lidera inovação no Norte

Com índice de 0,193, o Pará lidera a Região Norte no ranking nacional. O Amazonas, com índice de 0,162, é o segundo colocado entre os estados nortistas. Em seguida, aparecem Rondônia (21º), Tocantins (23º), Acre (24º), Amapá (25º) e Roraima (26º).

Amazonas perde força em comparação com 2024

O Amazonas recuou em alguns indicadores estratégicos desde o ano anterior. Em Capacidades, caiu da 16ª para a 21ª posição, e manteve a 16ª colocação na dimensão Resultados. A queda reflete problemas persistentes na formação técnica e em infraestrutura digital e logística.

Gargalos estruturais prejudicam desempenho

O estado teve a última colocação (27º) no indicador de infraestrutura. Isso inclui baixa cobertura de fibra óptica, deficiências em transportes e escassez de parques tecnológicos, incubadoras e centros de inovação.

Na formação de capital humano, o Amazonas caiu quatro posições no indicador de Graduação CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), ficando em 13º lugar, e manteve o 18º lugar em Pós-Graduação.

Inserção qualificada na indústria

Apesar das dificuldades, o Amazonas apresentou desempenho relativamente positivo em inserção de mestres e doutores na indústria e setores de tecnologia, alcançando o 9º lugar nacional — à frente de todos os outros estados da Região Norte nesse indicador.

Comparativo nacional e regional

A média do índice nacional de inovação foi de aproximadamente 0,25. O Amazonas ficou abaixo dessa média com índice de 0,162, enquanto o Pará se aproximou da média com 0,193.

No panorama regional, a Região Norte manteve a última colocação entre as cinco grandes regiões do país, tanto em Capacidades quanto em Resultados, atrás do Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Perspectivas e políticas necessárias

Especialistas apontam a necessidade de fortalecimento de políticas estaduais voltadas à inovação, com foco em:

  • Expansão da infraestrutura digital e logística.
  • Fomento à pesquisa aplicada em parceria com instituições como INPA e UFAM.
  • Capacitação técnica e tecnológica em áreas estratégicas.

Enquanto a Zona Franca de Manaus continua sendo o motor econômico do estado, o Amazonas enfrenta o desafio de criar um ecossistema de inovação menos dependente de incentivos fiscais e mais voltado para a produção científica, tecnológica e criativa.

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