Amazonas Energia vai comprar mais 89 mil novos medidores

A empresa vai adquirir novos aparelhos, mesmo após Justiça interromper a implantação do novo sistema

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A Amazonas Energia vai adquirir mais 89 mil novos medidores.

A denúncia foi feita, nesta terça-feira (15), pelo presidente da CPI da Amazonas Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Sinésio Campos (PT).

A empresa vai adquirir novos aparelhos, mesmo após a Justiça Estadual interromper a implantação do novo sistema.

Segundo o deputado, a informação foi repassada pelo diretor técnico da concessionária Rodrigo Moreira, durante oitiva da comissão, na última sexta-feira (11).

Com isso, a empresa contará com 100 mil novos aparelhos de sistema de medição centralizada (SMC).

“Eu pedi apuração do processo licitatório, que é duvidoso. Essa empresa quer justificar à Aneel e aos consumidores que a modernização está vinculada somente à colocação de medidores que, inclusive, estão sob análise do Instituto de Pesos e Medidas para saber se, realmente, não estão furtando energia da população, ou seja, o gato trocado”, questionou o deputado.

Proibição judicial

Em janeiro, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) manteve a decisão de suspender a instalação dos novos medidores de consumo de energia elétrica em Manaus.

A decisão também pede a suspensão da cobrança das medições já efetivadas pelo novo sistema

Em caso de descumprimento, a Amazonas Energia poderá pagar uma multa diária no valor de R$ 300 mil, até o limite de 30 dias-multa.

Cobrança em dobro

Segundo levantamento do Instituto de Pesos e Medidas (Ipen), os novos medidores de energia estariam cobrando o dobro do consumo real.

A constatação foi anunciada durante reunião itinerante da CPI da Amazonas Energia, no bairro Alvorada II, zona Centro-Oeste de Manaus.

“Fiscalizamos mais de 25 mil medidores de energia elétrica e os consumidores tinham razão, porque os aparelhos estavam marcando errado. Em alguns casos, o valor cobrado estava vindo dobrado”, disse o diretor-presidente do Ipen, Márcio Brito.

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