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- A Justiça do Rio concedeu liberdade a Allan Turnowski nesta terça (17), citando colaboração e ausência de ameaça às investigações.
- O ex-secretário da Polícia Civil é acusado de atuar como agente duplo para contraventores como Rogério de Andrade.
- A soltura de Allan Turnowski gerou repercussão nacional e reacendeu o debate sobre prisões preventivas e corrupção institucional.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta terça-feira (17), a soltura do ex-secretário da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski. A decisão foi proferida pelo desembargador Marcius da Costa Ferreira, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Turnowski estava preso desde 6 de maio de 2025, por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia reformado sua prisão preventiva. O delegado é acusado de ligação com a cúpula da contravenção no estado.
Justiça do Rio concede liberdade provisória
Na decisão, o desembargador destacou a postura colaborativa de Turnowski. Segundo Ferreira, não há indícios de que o ex-secretário tenha tentado atrapalhar as investigações. Ele também ressaltou que os crimes atribuídos a Turnowski não envolveram violência ou grave ameaça.
Com isso, o magistrado concedeu liminar favorável ao habeas corpus. O delegado deverá cumprir três medidas cautelares: não poderá acessar repartições da Polícia Civil ou da Secretaria de Segurança Pública, manter contato com outros denunciados ou deixar o país.
Acusações e condenação
Turnowski foi preso em setembro de 2022, após se afastar do cargo para disputar uma vaga na Câmara Federal. Em novembro daquele ano, tornou-se réu por obstrução da Justiça, acusado de influenciar decisões da cúpula da Polícia Civil mesmo fora do cargo.
De acordo com o Ministério Público, ele atuava como agente duplo em favor dos contraventores Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio. Este último foi assassinado em 2020, em um heliporto no Recreio dos Bandeirantes.
Repercussão nacional e impacto político
A soltura de Turnowski repercute em todo o país, inclusive no Amazonas. O caso levanta discussões sobre o uso político de cargos na segurança pública e a influência de grupos criminosos em instituições estatais.
O Amazonas enfrenta desafios semelhantes, com investigações sobre a atuação de milícias e corrupção policial. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, o estado registrou aumento de denúncias envolvendo agentes públicos em 2023.
A decisão também reacende o debate sobre a eficácia das prisões preventivas e a celeridade do Judiciário. O caso Turnowski mostra como decisões do STF influenciam diretamente investigações em curso nos estados.
O processo segue em tramitação, e o julgamento final do habeas corpus ainda será analisado. Enquanto isso, Turnowski permanece em liberdade, sob medidas cautelares impostas pela Justiça do Rio.
