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- Moraes autorizou visitas políticas a Bolsonaro em prisão domiciliar.
- Tarcísio, Celina Leão e deputados aliados estão na lista de visitas.
- Defesa recorre da decisão e nega violação de medida cautelar.
- Prisão domiciliar de Bolsonaro foi motivada por postagens nas redes.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (7) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visite o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília.
Além de Tarcísio, outros aliados políticos também receberam autorização para visitar Bolsonaro em sua residência no condomínio Jardim Botânico. As visitas devem ocorrer em dias úteis, entre 10h e 18h, conforme decisão do STF.
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Governador paulista lidera lista de visitas
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, poderá visitar Bolsonaro nesta sexta-feira (8). Na sequência, o empresário Renato de Araújo Corrêa tem visita agendada para segunda-feira (11).
Os deputados federais Junio Amaral (PL-MG), Marcelo Moraes (PL-RS) e Luciano Zucco (PL-RS) foram autorizados a visitar o ex-presidente nos dias 12, 13 e 14 de agosto, respectivamente. Todos os pedidos foram aceitos com anuência da defesa de Bolsonaro.
Como funciona a prisão domiciliar de Bolsonaro?
Desde segunda-feira (4), Bolsonaro está em prisão domiciliar após decisão de Moraes, que entendeu que o ex-presidente violou a proibição de uso de redes sociais. A medida foi motivada por postagens feitas nos perfis de seus filhos parlamentares.
Na quarta-feira (6), Moraes autorizou visitas de filhos, netos e outros familiares, sem necessidade de nova autorização judicial.
Defesa contesta decisão do STF
A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão, alegando que ele não teve intenção de descumprir a cautelar. Os advogados argumentam que as postagens feitas pelos filhos não configuram crime e que a medida seria uma forma de censura.
“Não há provas de que Bolsonaro sabia das publicações”, afirmou a defesa.
O recurso será inicialmente analisado por Moraes. Caso ele rejeite, a Primeira Turma do STF, composta por mais quatro ministros, poderá decidir.
Bolsonaro é réu em outras investigações
O ex-presidente responde a diversas investigações no Supremo. A mais avançada é a que o acusa de tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República. A defesa nega qualquer envolvimento.
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