Alcolumbre barra impeachment de Alexandre de Moraes

Senador diz que decisão é jurídica, não por assinaturas

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  • Alcolumbre afirma que não pautará impeachment de Alexandre de Moraes.
  • Decisão vale mesmo com apoio unânime dos 81 senadores.
  • Senador diz que análise é jurídica, não baseada em assinaturas.
  • Impeachment de Alexandre de Moraes é rejeitado por tradição institucional.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), descartou nesta quarta-feira (7) qualquer possibilidade de dar andamento ao impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A negativa vale mesmo que os 81 senadores assinem o pedido.

Segundo Alcolumbre, a decisão cabe exclusivamente à presidência da Casa e deve seguir critérios jurídicos, não políticos. A fala do senador foi confirmada por parlamentares como Cid Gomes (PSB-CE) e Ciro Nogueira (PP-PI).

Decisão trava ofensiva bolsonarista

A declaração representa um revés para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que vinham pressionando o Senado a retaliar Moraes por decisões judiciais. O ministro é responsável por inquéritos que envolvem Bolsonaro e determinou medidas como o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente.

“Não há hipótese de que eu coloque para votar essa matéria”, relatou Cid Gomes sobre a posição de Alcolumbre. Já Ciro Nogueira afirmou: “Mesmo com todas as assinaturas, o presidente da casa já afirmou que não abrirá o processo”.

Por que o Senado rejeita o pedido?

Em entrevista à Jovem Pan, Alcolumbre reforçou que a análise é técnica. “A Constituição é clara. A atribuição é da presidência do Senado. A análise não é numérica. É jurídica. E é minha”, afirmou.

Desde a redemocratização, o Senado nunca deu seguimento a um pedido de impeachment contra ministros do STF. A decisão de Alcolumbre, portanto, segue a tradição de preservar o equilíbrio entre os Poderes.

Três razões para o arquivamento

  • Falta de base jurídica nas acusações apresentadas;
  • Precedente histórico de rejeição a pedidos semelhantes;
  • Evitar crise institucional entre Legislativo e Judiciário.

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