Abandono de animais: MP fiscaliza ações em Nova Olinda

MP cobra medidas da prefeitura contra maus-tratos, avanço de zoonoses e ausência de políticas públicas locais.

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  • O MPAM iniciou fiscalização em Nova Olinda do Norte, em 2024, para combater o abandono de animais e proteger a saúde pública.
  • A promotora Tainá Madela requisitou dados sobre zoonoses, vacinação, castração e estrutura veterinária no município.
  • O abandono de animais aumenta riscos de doenças como raiva e leishmaniose, afetando o bem-estar animal e o meio ambiente.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) fiscaliza ações do Poder Público em Nova Olinda do Norte diante do aumento de casos de abandono de animais. A Promotoria de Justiça instaurou procedimento para acompanhar políticas públicas voltadas ao bem-estar animal e à saúde coletiva.

A fiscalização inclui a verificação de serviços como vacinação, castração, criação de abrigo municipal e implantação de um Centro de Controle de Zoonoses.

Abandono de animais e saúde pública

O MPAM alerta que o abandono de animais representa risco à saúde pública. Animais nas ruas contribuem para a disseminação de doenças como raiva, sarna, toxoplasmose e leishmaniose visceral canina.

A promotora Tainá Madela dos Santos destaca que o problema também causa impactos ambientais e sociais. A atuação do MP é amparada pela Lei nº 13.426/2017, que trata do controle populacional de cães e gatos.

Medidas legais e obrigações municipais

Com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, o MP requisitou informações à Prefeitura. A lei prevê punições por maus-tratos a animais.

O município tem 15 dias para informar se há políticas públicas voltadas à causa animal. Também deve apresentar dados sobre zoonoses e estrutura veterinária.

Demandas do MPAM à gestão municipal

O MPAM solicitou:

  • Confirmação da existência de médico veterinário na rede pública.
  • Número de animais vacinados contra a raiva em 2024.
  • Registros de raiva, cinomose e leishmaniose em animais.
  • Frequência de campanhas de castração.
  • Ações educativas sobre abandono e posse responsável.

Contexto estadual e nacional

O Amazonas enfrenta desafios estruturais na proteção animal. Municípios do interior carecem de políticas efetivas e infraestrutura adequada.

Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 185 mil cães abandonados em áreas urbanas. A ausência de políticas públicas agrava o problema em cidades como Nova Olinda do Norte.

O MPAM reforça que o cumprimento da legislação é essencial para garantir o controle populacional e o bem-estar dos animais.

Outras ações semelhantes vêm sendo adotadas em municípios amazonenses, como parte de uma estratégia regional de combate aos maus-tratos e prevenção de zoonoses.

Próximos passos da fiscalização

Após a análise das informações, o MP poderá recomendar ações corretivas. Caso haja omissão, medidas judiciais não estão descartadas.

A atuação do MPAM reforça a importância de políticas públicas integradas, alinhadas à legislação ambiental e sanitária vigente.

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