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- Senador Plínio Valério critica decreto que inclui hidrovias no PND.
- Medida pode permitir pedágios nos rios Madeira, Tocantins e Tapajós.
- Parlamentar acionou equipe jurídica para barrar o leilão.
- Privatização de hidrovias preocupa comunidades e lideranças locais.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou publicamente o decreto nº 12.600, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que inclui trechos das hidrovias dos rios Madeira, Tocantins e Tapajós no Programa Nacional de Desestatização (PND). A medida, publicada no Diário Oficial da União, visa permitir concessões privadas para navegação em áreas estratégicas da Amazônia.
Segundo Plínio, a decisão representa um “desrespeito à Amazônia e ao povo amazonense”. Ele comparou a medida à histórica recusa do governo federal em pavimentar a BR-319, alegando incoerência nas justificativas ambientais.
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Críticas à cobrança de tarifas e impactos logísticos
O parlamentar expressou preocupação com a possível cobrança de pedágios fluviais, que poderia afetar o transporte de cargas, alimentos e passageiros no Rio Madeira, rota essencial para o abastecimento do estado do Amazonas.
“Se isso chegar, vamos ter que pagar pedágio. […] Vão querer leiloar sem ouvir ou consultar ninguém, afetando nossa vida de forma mortal. Essa coisa não pode continuar e é papel de um senador combater, é isso que vou fazer”, declarou Plínio.
Ele também afirmou que sua equipe jurídica já foi acionada para analisar medidas legais contra o decreto e impedir que o leilão avance sem consulta prévia às comunidades locais.
Governo defende modernização e atração de investimentos
O governo federal argumenta que a inclusão das hidrovias no PND tem como objetivo atrair investimentos privados, modernizar a infraestrutura e reduzir custos logísticos. A proposta abrange:
- Hidrovia do Rio Madeira: de Porto Velho (RO) a Itacoatiara (AM), com 1.075 km;
- Hidrovia do Rio Tocantins: de Belém (PA) a Peixe (TO), com 1.731 km;
- Hidrovia do Rio Tapajós: de Itaituba a Santarém (PA), com 250 km.
Apesar da justificativa oficial, críticos alertam para possíveis impactos ambientais, aumento de custos e a falta de diálogo com as populações ribeirinhas.
Reação política e mobilização no Amazonas
Plínio Valério conclamou a população do Amazonas a se mobilizar contra a medida. “É hora de mostrar força, de nos unir e de exigir respeito ao nosso povo”, afirmou.
O senador reforçou seu compromisso com a defesa dos rios amazônicos e das comunidades que dependem deles para viver e trabalhar. A polêmica promete ganhar força no Congresso e nas redes sociais nos próximos dias.
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