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- Congresso articula anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
- Texto pode beneficiar Jair Bolsonaro e reverter inelegibilidade.
- Governador Tarcísio e Silas Malafaia reforçam negociações.
- Palavra-chave “anistia a golpistas” está no centro do debate.
Enquanto o STF julga os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, uma articulação política avança na Câmara dos Deputados para votar uma proposta de anistia que pode beneficiar tanto os executores quanto os articuladores da tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nos bastidores, a movimentação é intensa. A proposta ganhou força com o apoio de nomes influentes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia e lideranças do PL. O texto está sendo discutido com a família Bolsonaro e aliados como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo.
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Pressão sobre Hugo Motta para pautar votação
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), relator da proposta, tem sinalizado que, se houver apoio suficiente e ambiente político favorável, não conseguirá segurar a votação. A expectativa é que o texto seja colocado em pauta em até duas semanas.
Segundo líderes do centrão, os votos para aprovar a anistia — que exige maioria simples — já existem. A preocupação agora é calibrar o momento político para evitar atritos com o Supremo.
Texto pode beneficiar Bolsonaro e reverter inelegibilidade
O principal ponto de debate é a extensão da anistia. A ala mais radical, liderada por Eduardo Bolsonaro, defende uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Esse modelo poderia incluir os planejadores dos atos, como o próprio Jair Bolsonaro, e até reverter sua inelegibilidade.
Por outro lado, setores do centrão trabalham para limitar o alcance da medida, evitando confrontos diretos com o Judiciário e buscando preservar a governabilidade.
Negociações avançam enquanto STF mantém julgamentos
As articulações ocorrem em paralelo ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, que analisa a responsabilidade de envolvidos na tentativa de golpe. Mesmo lideranças governistas admitem que foram alertadas sobre a possibilidade de votação iminente.
O movimento reforça a tensão entre os Poderes e mostra que a pauta da anistia continua viva e acelerada no Congresso.
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