Ver resumo
- Câmara de Natal abriu processo contra Brisa Bracchi (PT).
- Vereadora é acusada de usar verba pública em festa política.
- Evento comemorava prisão de Jair Bolsonaro, segundo denúncia.
- Palavra-chave “cassação de mandato” está no centro da discussão.
A Câmara Municipal de Natal aprovou a abertura de um processo de cassação contra a vereadora Brisa Bracchi (PT). A parlamentar é acusada de utilizar verba pública para financiar um evento com teor político-partidário, o que pode configurar quebra de decoro.
O pedido foi apresentado pelo vereador Matheus Faustino (União), ligado à ala bolsonarista. Segundo ele, Bracchi destinou R$ 18 mil para pagar cachês de três artistas que se apresentaram no evento “Rolé Vermelho – Bolsonaro na cadeia”, realizado em 9 de agosto, cinco dias após a decisão do STF que colocou o ex-presidente em prisão domiciliar.
Leia Mais:
Evento político é alvo de questionamentos
Faustino argumenta que o evento teve como objetivo celebrar a prisão de Jair Bolsonaro (PL), o que configuraria desvio de finalidade e promoção pessoal. “Temos aí um claro desvio de finalidade”, declarou o vereador em nota enviada ao Portal iG.
Brisa Bracchi se defendeu afirmando que a festa foi planejada e divulgada antes da decisão judicial. Segundo ela, a coincidência de datas fez com que a prisão do ex-presidente fosse incorporada à temática do evento, mas não era o foco principal.
Assessoria contesta valor e motivação
A assessoria da vereadora informou que “há uma tentativa de se distorcer a verdade”, e que o valor divulgado não corresponde ao que foi efetivamente destinado. Além disso, afirmou que o evento tinha caráter cultural e não visava promoção pessoal.
As três atrações musicais contratadas para o evento anunciaram que abrirão mão dos cachês, como forma de apoio à parlamentar. Brisa também recebeu manifestações públicas de solidariedade de políticos da esquerda e artistas nas redes sociais.
Tramitação e prazos
Com a aprovação por 23 votos a favor e três contra, a Câmara instalou uma comissão especial que terá até 120 dias para apurar os fatos e emitir um parecer. Caso seja comprovada a infração, Bracchi pode perder o mandato.
Últimas notícias
Câmara aprova urgência para isenção do IR até R$ 5 mil
EUA sancionam juízes do TPI e geram reação global
INSS suspende contratos com a Crefisa por coação a aposentados