Alexandre de Moraes ordena prisão de réu por atos de 8 de janeiro

Acusado rompeu tornozeleira e está foragido desde julho

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  • Alexandre de Moraes determinou a prisão de Diego Ventura.
  • Réu condenado por atos golpistas de 8 de janeiro está foragido.
  • Tornozeleira foi rompida e desligada desde o início de julho.
  • Defesa nega envolvimento em atos violentos durante protesto.

Diego Dias Ventura, condenado por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após violar medidas cautelares. A decisão foi tomada na última terça-feira (12), quando o STF foi informado de que o réu rompeu a tornozeleira eletrônica e está foragido.

Ventura foi condenado a 14 anos de prisão por sua participação nos atos antidemocráticos em Brasília. Ele também foi responsabilizado, de forma solidária, pelo pagamento de R$ 30 milhões pelos danos causados à sede dos Três Poderes.

Ministro justifica prisão por descumprimento de medida

De acordo com o despacho de Moraes, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro informou que a tornozeleira de Ventura está desligada desde 2 de julho, com a cinta rompida desde o dia 1º. A última atualização do equipamento foi em 6 de agosto, quando a bateria se esgotou.

O rompimento da tornozeleira caracteriza descumprimento de medida cautelar e motivou o novo mandado de prisão. “A conduta revela tentativa de fuga da aplicação da lei penal”, escreveu o ministro.

Quem é Diego Dias Ventura?

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Ventura atuou como um dos líderes do acampamento golpista instalado em frente ao quartel do Exército em Brasília, no fim de 2022. Ele teria coordenado a logística do grupo e participado diretamente da invasão e depredação dos prédios públicos.

Durante as investigações, Ventura chegou a ser preso preventivamente, mas obteve o direito de responder ao processo em liberdade, sob uso de tornozeleira eletrônica.

Defesa alegou falta de provas

Em manifestação enviada ao STF, os advogados de Ventura pediram a absolvição por falta de provas. A defesa alegou que ele participou de uma “manifestação pacífica” e não teve envolvimento com atos de violência.

“Não há evidência de que Diego tenha praticado qualquer ato de vandalismo ou incitado terceiros à violência”, afirmou a defesa.

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