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- Ministro do STF autoriza acareação entre Mauro Cid e Marcelo Câmara.
- Defesa aponta contradições nos depoimentos do ex-ajudante de ordens.
- Procedimento será realizado em 13 de agosto, no Supremo, em Brasília.
- Acareação entre Mauro Cid e Marcelo Câmara envolve trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 13 de agosto, às 11h30, a acareação entre Mauro Cid e Marcelo Câmara, réus em uma das ações penais sobre a suposta trama golpista. O encontro ocorrerá na sede do STF, em Brasília, e foi autorizado a pedido da defesa de Câmara.
A acareação entre Mauro Cid e Marcelo Câmara foi solicitada após a defesa do coronel apontar contradições nos depoimentos prestados por Cid, delator do caso e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Câmara está preso preventivamente no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
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Segundo os advogados de Marcelo Câmara, Mauro Cid teria apresentado versões conflitantes sobre o envolvimento do coronel com minutas de decretos golpistas e reuniões no Palácio da Alvorada. A defesa também questiona a acusação de que Câmara monitorava Moraes e teria conhecimento das motivações por trás de demandas ligadas ao suposto plano golpista.
Para garantir a segurança do procedimento, Moraes determinou que Câmara seja escoltado com monitoramento eletrônico e proibido de se comunicar com qualquer pessoa além de seu advogado durante o deslocamento e a acareação.
Como será a acareação no STF?
Assim como na acareação anterior entre Cid e o general Walter Braga Netto, o ministro proibiu gravações em áudio ou vídeo. Apenas uma ata com os registros do que for dito será anexada ao processo. A imprensa não terá acesso ao conteúdo do encontro.
Quem são os réus do núcleo 2?
Marcelo Câmara integra o chamado núcleo 2 da trama golpista, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por ações gerenciais do plano. Os integrantes foram denunciados por organização criminosa, golpe de Estado, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Réus do núcleo 2 da trama golpista
- Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro)
- Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro)
- Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF)
- Mário Fernandes (general do Exército)
- Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do DF)
- Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário-adjunto do DF)