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- Nikolas Ferreira exibiu Bolsonaro em vídeo proibido pelo STF.
- Ministro Moraes usou o ato como prova para prisão domiciliar.
- Deputado foi citado por incitar ataques e desinformação.
- Prisão de Bolsonaro foi baseada em conduta ilegal reiterada.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) teve papel central na prisão de Bolsonaro, decidida pelo STF no dia 4 de agosto. Durante manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, Nikolas exibiu o ex-presidente ao vivo por chamada de vídeo, violando decisão judicial que proibia manifestações públicas do ex-mandatário.
O episódio, amplamente divulgado nas redes sociais, foi citado pelo ministro Alexandre de Moraes como prova de descumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro no âmbito da operação Tempus Veritatis. A decisão do STF decretou prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
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STF cita Nikolas na decisão contra Bolsonaro
Em seu despacho, Moraes afirmou que Bolsonaro utilizou aliados para continuar incitando ataques ao Judiciário. “Não se trata de liberdade de expressão, mas de tentativa deliberada de burlar decisões judiciais”, escreveu o ministro.
Além disso, Nikolas foi citado por promover desinformação e estimular a desobediência civil. Seus discursos na manifestação incluíram palavras de ordem como “Fora Lula” e “Fora Moraes”, o que, segundo analistas, reforça a narrativa de perseguição política usada por aliados do ex-presidente.
Como Nikolas contribuiu para a prisão de Bolsonaro?
Ao exibir Bolsonaro em um telão, Nikolas forneceu uma prova objetiva de violação judicial. A participação do ex-presidente, ainda que virtual, foi interpretada como uso de terceiros para descumprir ordens judiciais, o que configura crime segundo a decisão do STF.
O gesto foi considerado uma afronta direta à autoridade do Supremo e agravou a situação jurídica de Bolsonaro, que já havia sido advertido por manter publicações sobre os atos de 8 de janeiro.
Três fatores que pesaram na decisão do STF
- Reincidência: Bolsonaro já havia sido advertido por violações anteriores.
- Instrumentalização de terceiros: uso de aliados para se manifestar.
- Clima de instabilidade: atos públicos que atacam o STF e o governo.
A defesa de Bolsonaro alegou censura, mas o STF foi enfático ao afirmar que a decisão se baseia em condutas ilegais e reiteradas, e não em opiniões políticas.
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