Moraes diz que Justiça não será feita de tola

Ministro do STF justifica prisão domiciliar de Bolsonaro

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  • Alexandre de Moraes justificou prisão domiciliar de Bolsonaro.
  • Ministro citou reincidência no descumprimento de medidas cautelares.
  • Redes sociais de filhos foram usadas para mensagens do ex-presidente.
  • A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro envolve investigação sobre envio de recursos ao exterior.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (4) que a Justiça “é cega, mas não é tola” ao justificar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. A decisão foi motivada por descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente.

Segundo Moraes, o ex-presidente violou a restrição ao uso de redes sociais, mesmo após ter sido advertido. A medida faz parte do inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, em articulações com aliados de Donald Trump contra ministros do STF.

Ministro aponta reincidência e afronta à Justiça

“A Justiça é cega, mas não é tola. Não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico”, declarou Moraes. Ele destacou que Bolsonaro reincidiu no descumprimento das medidas cautelares.

O ministro citou publicações feitas por Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, nas quais o ex-presidente agradece o apoio recebido nos atos do último domingo (3). Para Moraes, as postagens configuram uso indireto das redes sociais, violando a decisão anterior.

Quais foram as medidas impostas a Bolsonaro?

Em decisão anterior, Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais e restrição de contato com outros investigados. As medidas fazem parte do processo no qual Bolsonaro é acusado de financiar a estadia de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.

Eduardo, que está licenciado do mandato de deputado federal, alegou perseguição política ao deixar o país. O STF apura se houve envio de recursos via Pix para custear sua permanência no exterior.

Três pontos da decisão de Moraes

  • Reincidência no descumprimento de medidas cautelares
  • Uso indireto de redes sociais por meio de familiares
  • Risco à integridade do processo judicial

Bolsonaro também é réu na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O julgamento está previsto para setembro deste ano.

“O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares — pela segunda vez — deve sofrer as consequências legais”, afirmou Moraes.

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