Prisão domiciliar de Jair Bolsonaro impõe novas restrições

Ex-presidente está proibido de visitas e redes sociais

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  • Alexandre de Moraes impõe prisão domiciliar a Bolsonaro.
  • Ex-presidente está proibido de usar celular e redes sociais.
  • Medida responde a postagens de seus filhos em redes sociais.
  • Prisão domiciliar de Jair Bolsonaro inclui tornozeleira e isolamento.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro com novas restrições. A decisão é por tempo indeterminado e ocorre após suposto descumprimento de medidas cautelares anteriores.

Bolsonaro segue monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de usar celular ou receber visitas sem autorização do STF. Apenas familiares que vivem com ele e seus advogados têm acesso permitido.

Medidas cautelares mais rígidas

Segundo a decisão, qualquer visitante autorizado não poderá portar celular, tirar fotos ou gravar vídeos. A medida busca evitar novas violações às restrições já impostas.

Também continuam válidas as proibições de contato com autoridades estrangeiras, uso de redes sociais — inclusive por terceiros — e aproximação de embaixadas. A decisão reforça o isolamento político e digital do ex-presidente.

Por que as medidas foram ampliadas?

De acordo com Moraes, houve descumprimento das restrições anteriores. Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro publicaram mensagens de agradecimento em nome do pai após atos públicos, o que foi interpretado como violação da proibição de uso indireto das redes.

O ministro apontou que as postagens configuram tentativa de driblar as determinações judiciais. A defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as novas medidas.

Três proibições em vigor

  • Contato com embaixadores ou diplomatas estrangeiros;
  • Uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros;
  • Receber investigados por envolvimento na tentativa de golpe.

Investigação em curso

O caso está vinculado ao inquérito que apura a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo Trump. O deputado federal, atualmente nos EUA, é suspeito de articular retaliações contra o STF. Bolsonaro é investigado por financiar a estadia do filho no exterior via transferências Pix.

Além disso, o ex-presidente é réu em ação penal sobre a trama golpista e seu julgamento está previsto para setembro. As novas medidas buscam evitar interferência no processo.

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