Ver resumo
- PF investiga fraude no auxílio-reclusão em duas cidades do Amazonas.
- Criminosos usavam documentos falsos para simular prisões.
- Operações Falsi Captivi e Prison Fake foram deflagradas simultaneamente.
- Fraude no auxílio-reclusão envolvia uso indevido de dados reais.
A fraude no auxílio-reclusão motivou a Polícia Federal a deflagrar, nesta quinta-feira (31/7), duas operações simultâneas no Amazonas. As ações visam desarticular organizações criminosas que falsificavam documentos para obter benefícios previdenciários de forma ilegal.
A segunda fase da Operação Falsi Captivi ocorre após a identificação de um grupo que usava certidões falsas para simular prisões. Em alguns casos, quando o detento existia, os documentos eram adulterados para prolongar o tempo de reclusão e aumentar o valor do benefício.
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Crimes envolveram falsidade ideológica e prejuízo ao INSS
Segundo a PF, os criminosos atuavam com apoio de um escritório de atendimento previdenciário, que dava aparência legal aos pedidos. A primeira fase da operação, em novembro de 2024, já havia identificado parte da quadrilha na capital amazonense.
Paralelamente, foi deflagrada a Operação Prison Fake, que investiga outro grupo com o mesmo método de fraude, atuando principalmente em Manacapuru. Moradores da região tiveram seus dados usados, alguns com consentimento, outros sem saber da fraude.
Como funcionava o esquema criminoso?
As quadrilhas forjavam documentos como certidões de recolhimento prisional e carteiras de identidade para simular situações de encarceramento. Assim, conseguiam acessar o Auxílio-Reclusão junto ao INSS.
Há indícios de que os dois grupos mantinham contato. Por isso, as operações foram realizadas simultaneamente, com o objetivo de impedir a fuga de investigados e a destruição de provas, como já havia ocorrido anteriormente.
Três pontos que chamam atenção nas investigações
- Uso de documentos falsos para simular prisões inexistentes
- Manipulação de dados reais de moradores de Manacapuru
- Conexão entre grupos que atuavam de forma coordenada
As ações desta quinta-feira incluem mandados de busca e apreensão e medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pela Justiça Federal do Amazonas. A PF segue apurando o envolvimento de servidores públicos e a extensão do prejuízo aos cofres do INSS.