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- Ibaneis Rocha propôs reunião com governadores ao lado de Alckmin.
- Tarifaço de Trump entra em vigor em 1º de agosto com 50% de taxa.
- Governo Lula promete reação via Lei de Reciprocidade.
- Falta de interlocução e pressão política dificultam negociações.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), se reuniu nesta segunda-feira (28/7) com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para propor uma reunião urgente com governadores. O objetivo é discutir o tarifaço de Trump, que impõe taxas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos a partir de 1º de agosto.
Ibaneis defendeu uma articulação política nacional para reagir à medida. A expectativa é de que o encontro entre governadores ocorra ainda nesta semana, antes da entrada em vigor das novas tarifas.
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Segundo Ibaneis, a proposta foi bem recebida por Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “Precisamos de uma resposta institucional forte”, afirmou o governador.
O governo federal já declarou que não aceitará pressões externas sobre o funcionamento das instituições democráticas brasileiras. O presidente Lula prometeu reagir com base na Lei de Reciprocidade.
Por que Trump impôs o tarifaço?
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o tarifaço em 9 de julho. Segundo ele, a decisão se deve a “ataques insidiosos” contra eleições livres no Brasil e à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Trump tem usado tarifas como instrumento de pressão política e comercial. No caso do Brasil, o componente ideológico se destaca, segundo analistas internacionais.
Três pontos de impasse nas negociações
- Falta de interlocutores: o governo brasileiro afirma que não há canais de diálogo com Washington.
- Condições políticas: aliados de Bolsonaro condicionam o fim das tarifas à anistia do 8 de Janeiro.
- Resistência institucional: o Planalto rejeita interferência estrangeira no Judiciário.
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